WONDERFUL 101
É hora de remasterizar a cara de uns alienígenas
Jogos da exuberante categoria "stylish action" são o forte da Platinum, desenvolvedora que abriga os criadores de Devil
May Cry e God Hand e que se firmou independente com Bayonetta. The Wondeful 101 segue essa tradição do estúdio: ele é dividido por fases, dá nota para cada batalha e oferece uma variedade absurda de combos. Ao mesmo tempo, ele é diferente de tudo que você já jogou.
O que torna The Wonderful 101 original é que você não controla só um personagem de cada vez.
São até 100 deles, para ser exato (e o que falta aí é você, o jogador). Eles são um grupo internacional de heróis, com identidades secretas e tudo, que precisam se unir para acabar com uma ameaça mundial. O novato Wonder Red (que de dia é professor) vira o líder da missão para acabar com a brutal invasão GEATHJERK, uma sigla gigantesca em inglês para... respire fundo: "Sindicato de Alienígenas que Aterrorizam Humanos com Bombas de gigawatts, Raios de energia, Armas de raios e Lasers letais. Uau!
WONDERFULS, AVANTE
Juntos, os heróis são capazes de feitos impossíveis de realizar sozinhos. Especificamente, eles podem se juntar para criar armas enormes chamadas Unite Morphs. Embora a legião seja feita de heróis com especialidades bizarras (como Wonder-Palhaço, Wonder-Sorvete e Wonder-Cerveja), os personagens principais têm cores próprias como em um Sentai (ou Power Rangers). O Wonder-Red faz o time usar o Unite-Fist (um socão), o WonderBlue tem a Unite-Sword e há outros com armas de fogo ou chicote, por exemplo. Com seu analógico, você pode desenhar uma forma que agrupa os heróis, decidindo quem vai ser o líder do grupo e qual arma será usada nos ataques (dá para usar o touchpad também, mas é meio esquisito e não há espaço suficiente). Por exemplo: faça um círculo ficar vermelho e aperte para criar o punho do
Wonder-Red. As formas vão ficando mais complicadas depois, mas o jogo é generoso quando é preciso reconhecer os padrões desenhados.
O tamanho da forma tem impacto na utilidade da arma. Quanto maior a arma, mais dano ela causa. Porém, isso exige que mais pessoas se juntem para criar essa arma e que haja energia suficiente, coletada nos cenários. Você encontra mais heróis pela cidade e até civis resgatados entram no grupo pela duração de cada fase. Cada arma tem suas vantagens próprias e por isso você vai acabar mudando de forma conforme as Unite Morphs forem carregando – um exemplo é usar o
chicote para arrancar espinhos de defesa, depois limpar uma área com a espada e, por fim, formar um punho gigante para bater muito forte. Existem também formas rápidas que não precisam ser desenhadas, como as que defendem e esquivam.
No início, parece que tem coisa demais para olhar na tela, especialmente com a câmera tão distante – e tem mesmo.
Porém, quando você pega o jeito da coisa e se acostuma com as formas que seu polegar direito tem que fazer, fica divertido ordenar seu time e dançar em volta dos invasores alienígenas com formações engraçadas de animadoras de torcida.
A história não é profunda, mas é bem engraçada, cheia de momentos que vão fazer você rir alto. O tom zoa com ideais de utopia americana dos anos 1960 misturados com o estilo de super-heróis japoneses e bonecos de plástico. Blossom City e as áreas próximas são bonitas e a câmera afastada na verdade ajuda a criar cenas impressionantes. Esse é o tipo de jogo que esquenta o coração mais e mais, com bom desafio e ao mesmo tempo com opções de dificuldade decentes para que qualquer jogador consiga chegar ao final e se tornar um verdadeiro heroi.