MAYDE OF SKER
Oantes imponente hotel Sker tem passado por dias difíceis. O proprietário, o pai de sua amada, tem um esquema sinistro em mente para recuperar os dias de glória. A filha se trancou no sótão e pediu para você impedir os planos dele.
Essa não é uma adaptação do livro clássico de mesmo nome e, mais importante, o Hotel Sker é um lugar fictício, mas a história pega elementos da mitologia fascinante que ronda a Casa Sker da vida real, no País de Gales. Esse jogo de terror meio furtivo também pega elementos de survival horrors clássicos.
Com cenários bonitos e um clima tenso, além de um monte de portas trancadas e chaves estranhas que parecem ter saído diretamente da mansão Spencer, o jogo não esconde suas inspirações. Só que, em vez de zumbis, os inimigos são homens mascarados sob influência de uma melodia assustadora. Eles não enxergam, mas têm a audição aumentada – respire muito alto no corredor errado e eles correm na sua direção. Como você não é um Chris Redfield armado até os dentes, o jeito é ser furtivo.
Aí a gente anda devagar, às vezes se assustando com a própria sombra, já na mais pura tensão antes mesmo de os inimigos aparecerem graças os sons estranhos. Infelizmente, todo o rangido no ar torna o silêncio da casa cacofônico demais para conseguir discernir onde os inimigos estão através do som. Exceto por alguns locais específicos, é difícil superá-los na audição, pois eles têm comportamento imprevisível e não há uma mecânica de distração para fazer barulho.
Os inimigos básicos não são muito assustadores. No nível Normal, ficar encurralado no fim de um corredor estreito com um desses caras é motivo para altos xingamentos de frustração, enquanto no fácil dá para correr em círculos ao redor deles – pelo menos até um chefe perto do fim que leu o manual do Mr. X de RE2. Esse jogo não ganha pontos por originalidade, mas tem lá os seus momentos.