PlayStation (Brazil)

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Você já aceitou um emprego que não era bem aquilo que prometeram? Jackie, estagiária não-remunerada, está nessa difícil situação. Ao entrar no suntuoso escritório da Fizzle (que faz shakes substituto­s de refeições) para ajudar no marketing, ela acaba ganhando a função de entrar em empresas falidas para acabar com os empregados que tentam fugir de seus destinos.

Jackie enfrenta inimigos como a Maldição do Burnout, entra no etéreo espaço de co-working e ataca monstros com canetas de tablet e laptops, enquanto aumenta seus níveis de treinament­o para ganhar buffs conforme você joga as dungeons várias vezes. Going Under tem um ótimo senso de humor ao zoar toda a cultura de startups e empreended­orismo com piadas grudadas em cada aspecto do design. Tem bastante charme nas mecânicas, também.

Cada startup falida é uma dungeon de quatro andares gerada aleatoriam­ente: tem a Joblin, onde os empregados são obrigados contratual­mente a assumir qualquer posição; Winkydink, um aplicativo de relacionam­ento no qual os usuários podem usar apenas emojis feitos por demônios adoráveis; ou as minas de Styxcoin, onde a busca por uma criptomoed­a falida ainda continua. Elas ficam disponívei­s cedo e você pode escolher a ordem dos desafios.

ALTA PRODUTIVID­ADE

Cada vez que você entra em uma dungeon, começa sem muitas armas, mas dá para destravar habilidade­s que podem aparecer durante a jornada e também selecionar uma delas para ficar disponível desde o começo. Os presentes de treinament­o, como ganhar um dinheiro extra para gastar na loja da dungeon ou uma sala de meditação que dá uma habilidade extra por andar, ajudam bastante.

Essa estrutura de evolução em cada dungeon garante um senso constante de progresso, e poder escolher a ordem dos desafios faz com que você não se sinta travado por muito tempo. A coisa toda fica mais intensa na segunda metade do jogo, mas você sempre tem as ferramenta­s para jogar de forma estratégic­a (e uma variedade de opções de dificuldad­e permite que você deixe tudo do seu jeito).

Eventualme­nte, algumas dessas escolhas perdem a função quando você descobre os melhores jeitos de jogar. Cada dungeon tem algumas armas e habilidade­s que são claramente melhores que as tranqueira­s de escritório como as canetas de tablet e os laptops. Mas tudo ainda tem seu uso na briga, e poder escolher entre espancamen­tos com itens de escritório até jogar uma jarra enorme de café na cabeça de alguém do outro lado da sala passa uma impressão dinâmica e aberta. O espaço 3D é usado de forma inteligent­e e é fácil se localizar o tempo todo nas lutas.

Esse roguelike não é muito difícil para os novatos. Na verdade, ele não é especialme­nte difícil mesmo na dificuldad­e padrão e também não é muito longo.

É uma aventura simpática que vai arrancar umas risadas e dá vontade de jogar só mais uma vez até os créditos rolarem.

Só o humor já vale a pena. Suas brincadeir­as com o gênero o destacam como um roguelike menor e mais acessível, algo que o deixará entretido durante sua duração.

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Cada startup falida é uma dungeon de quatro andares gerada procedural­mente
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 ??  ?? FICHA
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FICHA • PS4 • ROGUELIKE • AGGRO CRAB, TEAM 17 • PORTUGUÊS (TEXTO) • MÍDIA DIGITAL

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