STAR-WARS: SQUADRONS Uma das melhores experiências de realidade virtual
Apesar de alguns momentos extremamente forçados, como a cena em que um personagem dá um sorrisão ao apresentar Wedge Antilles, com seus olhos dizendo "Olha! Você conhece esse cara!", é fora de uma campanha decente que esse jogo de nave faz seu melhor.
Essa campanha é variada, com uma boa duração (cerca de oito horas) e serve como apresentação das mecânicas principais. Porém, mesmo com vários bons momentos enquanto você troca de lado entre esquadrões da Nova República e do Império, não há muito envolvimento emocional, a não ser que você curta sacar easter eggs e referências do universo Star Wars, como Thrawn, Rae Sloane e a corrida Dragon Void.
Os personagens aparecem na tela por meio de cenas em FMV (gravadas com atores) e fazem monólogos sobre seus motivos para lutar e os eternos tons de cinza morais da guerra. As melhores frases vêm da galera do Império, cujos motivos egoístas são mais interessantes que os abraços sadios da turma da República.
A guerra se passa depois da destruição de Alderaan, quando o vácuo deixado pela batalha de Endor posteriormente está quase acabando, mas alguns esquadrões de ambos os lados estão lutando em batalhas pessoais e acendendo rivalidades conforme essa era chega ao fim. É bem simples, mas consegue criar o espetáculo esperado de um Star Wars.
ENERGIA POSITIVA
É no cockpit de algumas das naves mais famosas de Star Wars que Squadrons descobre seu talento, mais do que em qualquer referência aos filmes. No PSVR, o jogo acerta os pontos certos do seu coração nos quais ficam o amor pela galáxia muito, muito distante. É impossível não ficar empolgado ao passar em alta velocidade pelos restos de Star Destroyers ou ver um TIE Fighter quebrar antes de passar rodando por cima da sua cabeça. Em certos momentos, dá a mesma sensação das melhores partes dos filmes, só que dessa vez com você sentado na melhor cadeira do cinema: na cabine de pilotagem.
Cada instrumentação e botões de cada nave têm um propósito em Squadrons, que foi desenvolvido com VR em mente. Você sabe quando os mísseis estão prontos porque uma luz liga na nave para indicar isso, e reparos são feitos ao ajustar o painel de controle manualmente e apertar virtualmente um botão na sua frente. Mais importante, o equilíbrio de energia da nave mostra se você está gastando mais recursos nos motores, escudos ou
nas armas ao pilotar uma X-Wing ou outras armas da Nova República. As do Império só podem mandar toda a energia para os motores ou para as armas, mas isso garante mais agilidade ou mais dano. É só apertar no D-pad para fazer os ajustes, e as barras ficam mudando em tempo real no cockpit. Outros ajustes, como mudar energia para escudos dianteiros ou traseiros, são decisões de vida ou morte. Pode parecer meio exagerado ficar mexendo com níveis de energia enquanto a galáxia explode ao seu redor, mas com um pouco de prática fica fácil fazer mudanças quase instantâneas durante o combate e mudar de ataque para defesa.
X-TUDO
Quando a história acaba, o multiplayer se torna o único lugar para jogar. O modo Dogfight é uma partida simples de cinco contra cinco em team deathmatch. Melhor que ele é o Fleet Battles, um cabo de guerra de várias fases no qual uma equipe ataca algumas naves inimigas (basicamente o payload) enquanto o outro time precisa se defender.
Tanto offline contra a CPU quanto online contra outras pessoas, o Fleet Battles é um modo que recompensa frequentemente, mas pode se tornar uma repetição chata até você se tornar um bom piloto.
Mesmo assim, o clima épico impressiona na realidade virtual.
Fora do PSVR, Star Wars: Squadron ainda é divertido, porém mais restrito. No PSVR, o nível de imersão ao se sentar nesses cockpits famosos nunca deixa de impressionar. A cabine de vidro da A-Wing permite que você olhe ao seu redor no espaço, admire as estrelas e siga os inimigos. A apertada TIE Fighter exige atenção e o bico longo da X-Wing parece pesado. É nessa situação ideal, longe do mundo real, que Star Wars: Squadrons triunfa em uma experiência maravilhosa que mostra o potencial do PSVR.
Parece que o PSVR foi feito para esse jogo. As batalhas no espaço são rápidas e variadas, mas é o ato físico de sentar em alguns dos cockpits mais famosos do universo de Star Wars que continua a impressionar.