GRANDE MISTÉRIO
Além dos elementos técnicos e de jogabilidade, Returnal tem outro gancho para manter o jogador interessado: o mistério da sua trama. O planeta Atropos tem estranhezas e pistas de sua civilização antiga, e Selene geralmente reage a essas pistas. Além da história do planeta em si, dividida em inúmeros arquivos de texto e áudio que dão uma boa ideia da guerra que aconteceu ali, há todo o mistério do loop de tempo da protagonista. Ela não se lembra de muita coisa ou, talvez, seja um tipo de narrador não confiável – coisa que você começa a suspeitar na primeira vez em que encontra "a casa".
Por algum motivo, há uma casa do século 20 no primeiro bioma alienígena. Não demora para você encontrar a chave e abrir a porta. Lá dentro, coisas estranhas acontecem com visão em primeira pessoa e um toque de horror que não esperávamos – não do tipo de levar susto, só dando uma sensação desconfortável. Depois da primeira experiência, a chave continua com você e dá para entrar na casa sempre que a luz estiver acesa, o que costuma acontecer quando você avança no jogo de alguma forma. Cada narrativa lá dentro é mais doida, estranha e assustadora que a anterior, e ao mesmo tempo você percebe que tem algo muito errado acontecendo na cabeça da Selene. São algumas das partes mais interessantes e aguçam a curiosidade junto com as memórias estranhas que a mulher tem o tempo todo.