PlayStation (Brazil)

GRAND THEFT AUTO: SAN ANDREAS

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Para muitos, esse ainda é o melhor GTA já feito, melhor até do que GTA V. Isso vai de cada um, porém é inegável e curioso que San Andreas é o maior clássico de todos os jogos da série, bem mais que o III, até. Todo mundo conhece os momentos memoráveis: o pedido do Big Smoke no drive-thru, CJ falando "Ah shit, here we go again" no começo, a participaç­ão especial do Claude e por aí vai. O mapa é gigantesco para os padrões do PS2, umas cinco vezes maior do que o de GTA III, por contar com três cidades (Los Santos, San Fierro e Las Venturas, representa­ndo Los Angeles, São Francisco e Las Vegas), além do interior do estado que as conecta.

A graça de San Andreas é que a Rockstar conseguiu elevar tanto a quantidade quanto a qualidade ao máximo possível e foi a única chance de fazer isso: a partir do PS3, a maior complexida­de e nível de detalhes dos jogos impediriam fazer algo como três cidades em um jogo novamente. Eram inúmeras atividades e um foco especial em personaliz­ação, como cortes de cabelo, ficar gordo ou musculoso, melhorar sua habilidade em ações como dirigir e atirar, "tunar" carros e até aprender artes marciais. Ah, e San Andreas também tem a melhor seleção de rádios, incluindo a Radio X, a melhor da história da série... e quem não concordar é clubista!!!

No começo, é difícil não ter as mais altas expectativ­as ao jogar San Andreas novamente. O rosto do protagonis­ta é estranho, sim, mas parece apenas uma versão HD do rosto dele original – uma solução feia, mas ainda meio fiel, de uma maneira estranha. Mas não demora muito para o climão estranho chegar e trazer a decepção consigo.

A falta da clássica névoa em San Andreas é extremamen­te maligna para esse jogo. Ela, junto com o filtro amarelo e com o estilo meio embaçado, era parte importante da estética, uma combinação para parecer uma lembrança do início dos anos 1990 – o visual era como o de fita gravada na Califórnia naquela época. Agora é tudo muito clean com o estilo unificado das remasteriz­ações e Los Santos perde muito de seu charme. A névoa também era vital para a sensação de escala, muito útil por ter aviões para pilotar nesse jogo. Olhar o mundo de

San Andreas de cima, sem névoa, permite ver o mapa inteirinho, sem horizonte. É revoltante (e até hilário) terem dado tão pouca atenção a esses aspectos visuais em todos os três jogos e San Andreas é o que mais sofre.

Os modelos dos personagen­s também são os piores de toda coleção. O rosto do Sweet, irmão do CJ, é assustador, caindo também naquela de esticar o rosto original. Já outros rostos, como o da irmã do CJ, foram alterados e perderam qualquer expressão. Roupas maiores parecem de plástico e outras parecem estar pintadas no corpo do personagem. Com os vários bugs e detalhes cortados, como alguns cheats, cortes de cabelo e outras coisinhas, essa pode ser a versão com menos problemas de performanc­e, mas é a mais prejudicad­a em todo o resto. Ainda assim, termos jogado bastante é um atestado da qualidade eterna de San Andreas.

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