BRIGHT MEMORY: INFINITE
Uma experiência veloz, mas que não é tão infinita assim
Bright Memory: Infinite tem toda a pinta daqueles jogos de lançamento de console: é bonito e mostra bem o potencial de tecnologias gráficas da nova geração, principalmente o uso de Ray Tracing. Além disso, o jogo traz mecânicas de combate bacanas que misturam tiroteio e combate corpo-a-corpo, tudo muito veloz e explosivo. Nos seus melhores momentos, é divertido e envolvente, mas acaba rápido, até demais: dá para terminar em duas horas.
O jogador assume o controle de Shelia Tan, agente especial treinada para lidar com soldados de elite e fenômenos sobrenaturais, como, por exemplo, um buraco negro que apareceu no céu e está provocando mudanças climáticas e várias outras calamidades. O buraco negro está conectado a um mistério antigo que atraiu a atenção de uma organização maligna, liderada por um vilão metido a piadista. O próprio tempo parece se dobrar conforme Shelia lida com guerreiros do passado, arqueiros e mercenários com armaduras blindadas e armas de fogo poderosas. Criaturas mágicas como estátuas que ganham vida e grandes demônios também se
juntam à festa. Se a história parece confusa, acredite, tentar entendê-la jogando é ainda pior.
O que importa mesmo é a ação, já que o único objetivo de Shelia é chegar ao buraco negro para descobrir o que causou o fenômeno e impedir que os bandidos tomem o controle dessa anomalia. Para isso, o jogador conta com um pequeno arsenal de armas de fogo com munições especiais, uma katana e sua Exounidade, tecnologia que energiza o corpo e a espada e permite realizar ataques especiais, puxar inimigos e lançar um arpéu para alcançar lugares distantes.
Bloquear ataques na hora certa permite devolver tiros contra os adversários, o que é muito legal. Nas melhores batalhas do jogo, Shelia se movimenta sem parar usando combinações de poderes, disparos, bloqueios e golpes de espada, despedaçando inimigos em meio a partículas, fumaça, fogo, explosões e outros efeitos especiais. A maioria dos cenários são vilarejos alagados e templos antigos, mas há passagens marcantes, como a luta sobre a asa de um grande avião desgovernado.
O jogo do pequeno estúdio
FYQD tem gráficos que deixam qualquer Call of Duty ou Battlefield ameaçados, mas não espere o maior polimento nas animações dos personagens ou mesmo em suas mecânicas: há uma fase em que Shelia precisa se virar furtivamente armada apenas com um cutelo, e tanto a mecânica de se esconder quanto às execuções silenciosas são simplórias demais, para não dizer desajeitadas. Outras fases tentam dar maior variedade ao jogo, como a perseguição a bordo de um carro em um desfiladeiro cheio de rochas desabando nas encostas, mas o bom mesmo é a trocação franca de golpes e tiros contra qualquer coisa que vier pela frente.
VEREDITO
Bright Memory: Infinite parece uma bela demo técnica com seu combate veloz e gráficos incríveis. A experiência poderia se tornar repetitiva, mas acaba antes de cansar o jogador.