PlayStation (Brazil)

SHADOWRUN TRILOGY: CONSOLE EDITION

Três excelentes RPGs pelo preço de um

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Consideran­do que se trata de um dos mais duradouros cenários de RPG de mesa, com lançamento­s regulares desde 1989 até os dias atuais, Shadowrun teve poucos games nos consoles, com passagens no SNES, Mega Drive e Xbox 360. Em 2013, a Harebraine­d Schemes lançou Shadowrun Returns para PC, após um financiame­nto bem sucedido no Kickstarte­r e nos anos seguintes duas expansões que acabaram se tornando jogos completos. Todos os três games chegam aos consoles PlayStatio­n no excelente pacote Shadowrun Trilogy, devidament­e adaptado para jogar com os controles em vez de mouse e teclado.

A coletânea traz Shadowrun Returns, Dragonfall - Director 's Cut e Hong Kong - Extended Edition. Os três jogos se passam no mesmo universo mágico e distópico: um futuro onde a magia voltou, despertand­o mutações nas pessoas, que viraram elfos, anões, orcs, trolls e aprenderam a usar feitiços e poderes psiônicos. Eles convivem lado a lado com o melhor e o pior que a alta tecnologia tem a oferecer. Implantes cibernétic­os e viagens pela Matrix, uma versão "realidade virtual" da internet, são tão comuns quanto lutas com espadas e bolas de fogo. Grandes corporaçõe­s são controlada­s por dragões ganancioso­s e mercenário­s ganham a vida fazendo o trabalho sujo para as empresas. O jogador é um desses chamados "runners" e pode criar seu personagem escolhendo entre várias raças e classes, desde o Samurai Urbano e o Mago até o Decker (espécie de hacker) e o Shaman – o despertar da magia trouxe de volta as culturas nativo-americanas, um elemento que diferencia Shadowrun de outros jogos dos gêneros fantasia e cyberpunk.

Os três jogos usam os mesmos sistemas de combate por turnos, ao estilo de X-COM, se diferencia­ndo pela história e ambientaçã­o: em Returns, um amigo contrata o personagem do jogador para investigar a própria morte nas ruas de Seattle. O segundo jogo, que nasceu como uma expansão e acabou com o dobro do tamanho do original, vai para Berlim, onde um dragão lendário está prestes a despertar para devastar o estado anarquista da Alemanha. O último se passa em Hong Kong e traz ação e intriga na mesma medida, quando os runners têm a chance de virar o jogo contra a polícia corporativ­a que sempre os perseguiu. Com muitas melhorias na jogabilida­de dentro da Matrix e em qualidade de vida, Hong Kong é o melhor dos três jogos (e uma das melhores campanhas de RPG já escritas).

Embora seja possível progredir de um jogo para o próximo com o mesmo personagem, também dá para jogar qualquer um deles na ordem que quiser. É uma pena que os jogos não tenham recebido nem legendas em português, o que pode ser um obstáculo explorar o incrível universo de Shadowrun.

VEREDITO

Shadowrun Trilogy é RPG ocidental clássico, desde seu sistema de criação de personagen­s até o formato das missões. O combate por turnos funciona muito bem nos controles e só faltou mesmo ser legendado em português.

 ?? ?? A câmera isométrica permite apreciar o traço feito a mão nas ruas e nos personagen­s
A câmera isométrica permite apreciar o traço feito a mão nas ruas e nos personagen­s
 ?? ?? Há muito diálogo e longas descrições em texto no game, tudo em inglês
Há muito diálogo e longas descrições em texto no game, tudo em inglês
 ?? ?? O sistema de combate por turnos é prático e dinâmico como na série X-COM
O sistema de combate por turnos é prático e dinâmico como na série X-COM
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• PS4, PS5
• RPG
• HAREBRAINE­D SCHEMES, CODEGLUE; PARADOX INTERACTIV­E
• INGLÊS (ÁUDIO/TEXTO)
• MÍDIA DIGITAL
FICHA • PS4, PS5 • RPG • HAREBRAINE­D SCHEMES, CODEGLUE; PARADOX INTERACTIV­E • INGLÊS (ÁUDIO/TEXTO) • MÍDIA DIGITAL

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