PlayStation (Brazil)

FFII: O INÍCIO, DE NOVO

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Você já deve ter ouvido falar que esse é o pior FF numerado, e… é isso mesmo! Essa sequência foi lançada exatamente um ano após a obra anterior e quis mudar quase tudo. O sistema de batalha, porém, ainda é tecnicamen­te o mesmo: você dá os comandos de todos os quatro personagen­s e aí o turno inteiro se desenrola. O sistema de evolução é que é terrível. Outra coisa que você deve ter ouvido é que dá para subir de nível apenas batendo nos próprios companheir­os, e isso tecnicamen­te é verdade, mas não há níveis no jogo. Tudo que for usado tem a chance de evoluir. Apanhe muito e seu HP vai subir, use muitas magias e não apenas seu MP vai subir, como as magias também vão ficar mais fortes. Os tipos de armas também sobem de nível por personagem, bem como todos os atributos. Dá uma canseira absurda e é um sistema fácil de abusar, ao mesmo tempo é frustrante porque nunca há certeza de quando um atributo vai subir.

No Pixel Remaster, foram feitos vários ajustes para que a curva de evolução seja mais tranquila. Em outras versões, era quase uma obrigação passar um tempo fazendo grind logo no começo para ter um mínimo decente de HP. Agora dá para só lutar um pouquinho e ir evoluindo conforme avança, contanto que não fuja muito, além de outros ajustes na evolução de armas e afins. Fica bem mais palatável e dá para dizer que essa é a melhor versão para jogar.

Apesar das frustraçõe­s na jogabilida­de, esse jogo ainda é muito relevante porque é aqui que FF começa de verdade. Não somente na apresentaç­ão, com os personagen­s do grupo com nome e história e a aventura mais voltada para um enredo estruturad­o, mas porque uma grande quantidade de elementos tradiciona­is da série estreiam em FFII. Cid, Chocobos, Ultima, Leviathan e inúmeros inimigos como Behemoth, Malboro (ainda sem seu icônico Bad Breath!), Iron Giant, Bomb… todos apareceram aqui e nunca mais foram embora. É engraçado pensar que FFII e FFIII, os dois jogos menos badalados entre os 16, criaram a base de elementos que foram usados nas dúzias de jogos que carregam o nome da série.

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O JOGO É ESQUISITO, MAS EXTREMAMEN­TE IMPORTANTE PARA OS MITOS DE FINAL FANTASY

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