ARTE & FELINOS: GATOS PELAS RUAS DE SÃO PAULO
O artista Gatuno é responsável por grafites em espaços públicos da cidade que valorizam a imagem dos felinos
O artista Gatuno é responsável por grafites em espaços públicos da cidade que valorizam a imagem dos felinos
Quem vive em São Paulo-SP já pode ter se deparado com a arte de Celso Campos Amaral Netto, o Gatuno. Cores vibrantes e desenhos de animais, principalmente de felinos, podem ser vistos em espaços públicos da cidade como no Túnel Toca da Onça (no Terminal Lapa), no Viaduto Parque Dom Pedro II, no Largo da Batata (em Pinheiros) e muitos outros locais. Sua arte é repleta de personalidade, originalidade e inspirada na cultura urbana.
Gatuno começou cedo no mundo do grafite e teve influência de artistas conterrâneos como OS
GEMEOS, Nunca e Vitché, em um dos bairros mais tradicionais de arte urbana na capital paulista, o Cambuci. Autodidata, iniciou-se profissionalmente em 2010, desenvolvendo rostos de felinos repletos de cores, texturas e expressões misteriosas. “Quando comecei a pintar na rua, senti que precisava estudar, criar meu estilo próprio. Assim, entrei em uma imersão sobre a minha vida, onde os gatos sempre estiveram presentes”, afirma. Segundo Gatuno, sua casa sempre foi rodeada por gatos. “Hoje eu tenho cinco gatos, mas quando criança minha mãe sempre teve muitos animais em casa. Chegamos a ter nove gatos, e muitas características deles me fascinavam, como a agilidade e a facilidade em subir nas coisas e nos muros, além da expressividade nas ‘caretas’ que faziam quando estavam bravos, mostrando os dentes e sendo, ao mesmo tempo, muito dóceis”, conta o artista.
Além de muros na cidade, Gatuno também tem trabalhos, por exemplo, em uma loja de uma das
maiores redes de produtos para animais no Brasil, além de empresas como a IBM, e até em residências.
O apelido Gatuno, como não poderia deixar de ser, veio em homenagem à sua paixão pelos felinos. Depois de 3 anos pintando gatos por todos os lugares, Celso ainda não tinha um nome artístico e muitas pessoas falavam que os felinos retratados por ele lembravam gatos do mato e da noite. “Comecei a perceber que o gato tinha muito a ver com o ato de grafitar, que é sair por aí explorando a cidade. Também dizem que o gato tem o poder de tirar a energia ruim do ambiente, e isso tem uma semelhança muito forte com o grafite, que é criar um ambiente com novas energias, debaixo dos viadutos, lugares degradados e abandonados, revitalizando o lugar, e isso me inspira e me motiva.” Saiba mais em: gatunoart.com