Austrália regula guarda de gatos para proteger espécies nativas
Ecologistas e membros do governo australiano têm desenvolvido ações um tanto quanto curiosas e que não têm agradado os gateiros do país. Primeiro, foi proposto um toque de recolher felino pelo Randwick City Council, proibindo que gatos circulem pelas ruas, principalmente durante a noite. Além disso, o NSW Council, da cidade de Sydney, quer restringir o número de gatos que uma pessoa pode ter – isso para gateiros, não criadores de gatos de raça –, além de adotar políticas de castração em massa e exigir que pessoas que tenham fêmeas não castradas (a partir de 4 meses de idade) sejam registradas anualmente.
O curioso é que o objetivo dessas ações – além de controlar a população de gatos e mantê-los em segurança em suas casas, duas medidas importantes para o bem-estar desses animais –, é o de preservar espécies nativas abatidas pelos felinos.
Segundo Simon Landow, um conselheiro de Wollondilly, um número de seis gatos por pessoa deveria ser fixado. Já Joanne Greentree, presidente da NSW Cat Fanciers Association, afirma que uma maioria de tutores de gatos está sendo penalizada por uma minoria que não tem criado seus pets de forma responsável.
Estima-se que 38% dos lares na Austrália tenham cães e 29%, gatos. Segundo o livro Cats in Australia: Companion and Killer, cada felino selvagem abate cerca de 740 animais por ano, enquanto os domésticos abatem 75 animais no mesmo período. No total, seriam 3 milhões de mamíferos, 2 milhões de répteis e 1 milhão de aves por dia.