PAIXÃO POR FELINOS ESTÁ LIBERADA – MAS COM RESPONSABILIDADE
Durante os primeiros meses de quarentena, muitas ONGs e protetores perceberam o aumento da procura pela adoção de gatos. Foi o caso da protetora Carolina Marcondes, conhecida como “Carol dos Bichos”, que resgatou Matilda e Nanica antes de serem adotadas por Carolina Frandsen. “No primeiro ano de pandemia, a partir do segundo mês de isolamento social até o final de 2020, a quantidade de gatos doados dobrou em relação a 2019. Este ano, estou percebendo queda nos números, mas ainda estão superiores aos que tínhamos antes da pandemia.” Infelizmente, no entanto, o número de abandonos também foi perceptível. De acordo com Carol, os abandonos sempre ocorreram, mas a diferença provavelmente está relacionada ao aumento do desemprego, da insegurança financeira e também das mortes de tutores, que deixam pets sem alguém que se responsabilize por eles. Antes de intermediar a adoção dos animais que resgata e cuida, a protetora avalia se o futuro tutor está preparado para assumir a responsabilidade pela vida do pet. “Muito se fala das condições financeiras, e está certo colocar isso como um critério decisivo, porém a responsabilidade vai além do dinheiro. Hoje você pode estar estável financeiramente e, de repente, acontece algo inesperado que acaba com seu patrimônio. E aí vem a questão: na adversidade financeira, de saúde, de término de relacionamento, você está ciente de que tem uma ou mais vidas sob sua responsabilidade e que precisa fazer o que for melhor para ela?”. Carol reforça que o pet é parte da família e deve ser respeitado como tal, sendo que cabe ao tutor zelar por ele e suprir suas necessidades, que incluem alimentação, segurança, assistência veterinária e vacinas. Além disso, ela alerta para a necessidade de o tutor considerar o animal como parte dos seus planos no longo prazo, considerando casos de mudanças e até de possíveis adversidades.