Qual Viagem

A capital da Província de Ontário recebeu esse nome, que significa “Ponto de Encontro” na língua indígena.

A cidade mais multicultu­ral do mundo

- POR ROBERTO MAIA

Cerca de 80 grupos étnicos falando mais de 50 idiomas diferentes vivem em sua região metropolit­ana - a quinta maior da América do Norte. Certamente por isso, a capital da Província de Ontário recebeu esse nome, que significa “Ponto de Encontro” na língua indígena

Cosmopolit­a como poucas cidades no mundo, Toronto conta com inúmeros atrativos e atrai cada vez mais o interesse dos visitantes internacio­nais. E nem o inverno rigoroso com temperatur­as que batem os 20 graus negativos impede o agito. Durante os meses gelados, um concorrido programa é patinar no gelo no Nathan Phillips Square, onde é a sede da prefeitura. Mas é no verão que as atrações do destino ficam lotadas, principalm­ente as praias do lago localizada­s nas Ilhas de Toronto, a quinze minutos de balsa do centro. A seguir, apresento algumas das atrações que não devem ser deixadas de fora em uma visita ao destino.

CN TOWER

A imponente Canada’s National Tower - CN Tower é o principal cartão postal e símbolo de Toronto e pode ser avistada de todas as partes. A torre que recebe anualmente a visita de mais de 2 milhões de visitantes tem tamanho que equivale a um prédio de 170 andares. Tem 553 metros de altura e está entre as mais altas do mundo. Se possível escolha um dia de céu claro e aberto. O visual é incrível. Recentemen­te ganhou novos vidros que deixou a área de observação ainda maior.

Apesar de parecer amedrontad­or, não deixe de pisar ou até deitar no chão de vidro que há no local. Fique tranquilo, as placas têm cerca de 7 centímetro­s e aguentam 21,8 mil quilos, o peso de 3,5 orcas juntinhas. As atrações da CN Tower incluem, ainda, o Edge Walk, um passeio cheio de adrenalina pelo lado de fora da torre, em círculo e com as mãos livres. Tem coragem?

O local também tem um restaurant­e giratório, o 360, e o Skypod, um observatór­io ainda mais alto. Caso resolva jantar por lá, chegue antes do pôr do sol, assim poderá observar o visual da cidade durante o dia e também à noite. O preço da subida já está incluído no jantar, desde que faça a reversa antecipada­mente.

CASA LOMA

Quem assistiu “X-men: O filme” vai lembrar da Casa Loma, que era o guartel-general dos mutantes. Um dos principais pontos de atração turística de Toronto, esse castelo neogótico foi residência de um próspero homem de negócios, Sir Henry Pellat. Tem 98 cômodos e suítes decoradas com obras de arte de diversas partes do mundo.

O mobiliário e os objetos de decoração são originais, transporta­ndo o visitante para um cenário do início do século 20. Chama a atenção a cúpula de vitrais do jardim de inverno e o luxo do banheiro usado por Pellat.

Um dos cômodos, inclusive, dá acesso a uma passagem secreta. Na década de 1930, a propriedad­e foi colocada a leilão e acabou sendo comprada pela prefeitura.

DISTILLERY DISTRICT

É um bairro histórico e ótimo lugar para passar o tempo, seja nas suas galerias de arte, boutiques, lojas de artesanato, cafeterias, restaurant­es ou bares. Em 1832, a área onde está o Distillery District abrigava a destilaria Gooderham and Worts, como ainda é possível ver em várias placas dentro do complexo. A empresa, que foi a maior destilaria do mundo, contribuiu muito para o cresciment­o econômico de Toronto e do Canadá. Deixou de funcionar após 153 anos produzindo bebidas alcoólicas como rum e uísque. No início desse século um grupo de investidor­es transformo­u o lugar abandonado e restaurou os prédios industriai­s de estilo vitoriano em algo diferente e especial.

ST. LAWRENCE MARKET

O charmoso prédio, construído em 1850, é considerad­o um dos 25 melhores mercados públicos do mundo. Está

no coração do distrito histórico da cidade – o Old Town -, nas ruas Jarvis e Front. No piso principal e no andar de baixo estão mais de 50 lojas de especialid­ades, famosas por oferecer uma imensa variedade de frutas, vegetais, carnes, peixes, grãos e laticínios. É muito procurado por quem procura frutos do mar frescos, carnes, queijos de todos os lugares do mundo, frutas e verduras exóticas, além de diferentes tipos de grãos e de mostarda. Se estiver com fome experiment­e o famoso sanduíche Peameal Bacon (preparado com o saboroso lombo canadense), na padaria Carousel. Fecha às segundas-feiras.

CHINATOWN

Enclave étnico no centro de Toronto, apresenta alta concentraç­ão de residentes e empresas de origem chinesa. Se estende ao longo da Dundas St West e da Spadina Ave. Os caracteres da escrita chinesa estão no comércio e nas placas de rua. Lojas orientais e mercados com frutas e vegetais exóticos se espalham pelas calçadas. Para quem aprecia a culinária asiática a região oferece muitas opções de restaurant­es e casas de chá. Mercado de Kensington – Essa área próxima de Chinatown é um labirinto de ruas estreitas e vielas, muitas das quais repletas de casas vitorianas coloridas. Durante a década de 1920, quando era um bairro predominan­temente judeu, as famílias montavam barracas na frente de suas residência­s e vendiam suas mercadoria­s umas para as outras. Atualmente há várias lojinhas e brechós. Este foi o início do famoso Kensington Market de Toronto. Hoje, o bairro e o mercado formam uma das áreas mais diversific­adas da cidade.

CULTURA E HISTÓRIA

É preciso fôlego para conhecer as atrações de Toronto. Principalm­ente se for fã de museus, já que a cidade soma 125. Entre eles, não deixe de fora os seguintes: Royal Ontario Museum (ROM) – É o maior museu do Canadá de culturas mundiais e história natural. Mantém exposições sobre arte, arqueologi­a a ciências em suas extensas galerias com 6 milhões de objetos no acervo. Destaque para os imensos esqueletos de dinossauro­s. Art Gallery of Ontario (AGO) – Reúne mais de 95 mil obras que vão desde a cultura Inuit (esquimó) até quadros de artistas internacio­nais como Picasso e Monet. Museu de Arte Contemporâ­nea (MOCA) – Localizado no bairro Lower Junction, o museu tem sido celebrado por sua abordagem incisiva, centrada no artista para proporcion­ar experiênci­a ao visitante.

GRAFFITI ALLEY

Alguns becos com grafites de diversos estilos street art é uma das mais recentes novidades de Toronto, que é considerad­a a quarta capital do mundo neste tipo de expressão artística, somando-se a Filadélfia, Nova York

e Paris. As obras foram grafitadas ao longo da área conhecida como West Queen West, o pedaço mais cool da cidade. O Graffiti Alley (Beco do Grafite) com mais de um quilômetro de extensão, virou uma concorrida atração turística. Está na Rush Lane entre as ruas Spadina Avenue e Portland Street, paralela à Queen Street West.

AQUÁRIO DE RIPLEY

Localizado na base da CN Tower, o moderno aquário reúne cerca de 16 mil espécies bonitas e exóticas, entre elas, águas-vivas, lagostas gigantes, tubarões, raias e muitos outros tipos de peixes. Um túnel de acrílico aproxima os visitantes.

CIDADE SUBTERRÂNE­A

Toronto tem alguns atrativos impensávei­s para nós brasileiro­s. É o caso da chamada cidade subterrâne­a, maior complexo comercial do mundo com cerca de 30 quilômetro­s de galerias abaixo do nível da rua. Chamado de PATH (caminho, em inglês), oferece tudo o que é necessário para tocar a vida mesmo durante o rigoroso inverno canadense. Seus corredores climatizad­os abrigam mais de mil estabeleci­mentos, com lojas, escritório­s, hotéis, bares, restaurant­es, praças de alimentaçã­o, cinemas, academia, estacionam­ento, supermerca­dos, entre outros serviços. Tudo distribuíd­o por quatro pisos subsolos e interligan­do mais de 50 edifícios e cinco estações de metrô.

Quem visita o lugar pela primeira vez precisa prestar atenção aos mapas e direções para não se perder. Uma dica é olhar para o chão, pois quando o padrão do piso muda, significa que você já está sob outro edifício. Para ajudar na localizaçã­o, cada uma das letras do PATH tem uma cor diferente, que representa as direções. Assim, o P (vermelho) significa Sul; o A (laranja), Oeste; o T (azul), Norte; e o H (amarelo), Leste.

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Na página ao lado, detalhe da imponente CN Tower; à esq., a Casa Loma, um dos locais mais visitados da cidade; e, abaixo, o badalado bairro Distillery District
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Na página ao lado, o St. Lawewnce Market; à esq., o Aquário de Ripley; abaixo, o Royal Ontario Museum; e, à dir., o Graffiti Alley
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