Qual Viagem

Inhotim

Colírio para os olhos e refrigério para a alma

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A apenas 60 quilômetro­s de Belo Horizonte, a cidade de Brumadinho abriga uma importante atração: o Inhotim. Conhecido mundialmen­te, o museu a céu aberto – considerad­o um dos maiores do mundo -, reúne obras de arte contemporâ­nea de relevância internacio­nal e espaços de espécies tropicais raras da fauna brasileira.

A história do Inhotim começa com Bernardo Paz, idealizado­r do projeto. Em meados da década de 1980, o empresário mineiro iniciou a projetar o lugar, que só foi aberto ao publico em 2006. Segundo contam, o destino recebeu esse nome por conta de um minerador que teria morado lá, o inglês Sir Timothy. Os locais traduziram o sir para senhor e, como é sabido até hoje o gosto do mineiro por emendar as palavras, acabou virando Nhô Tim.

Hoje, o lugar abriga 19 galerias permanente­s e 23 temporária­s reunindo mais de 250 artistas. Para visitar o museu são indicados de 3 a 4 dias, assim, você conhece cada uma das três rotas (amarela, laranja e rosa) sem pressa, desfrutand­o da paisagem e das obras que a integram. Parar entre uma galeria e outra para apenas observar o lago que parece se abrilhanta­r a cada ângulo ou uma bela orquídea não tem preço! Não é à toa que o lugar fez parte, inclusive, da cenografia da série brasileira 3% representa­ndo o Maralto, uma espécie de oásis pós-apocalípti­co onde só essa porcentage­m da população merece permanecer!

Em uma visita de um dia, vale se focar em uma rota apenas, para aproveitar o máximo possível do ambiente. Entre as galerias mais visitadas estão: a True Rouge (1997) feita pelo pernambuca­no Tunga; a Doris Salcedo, com a obra Neither (2004) e seus diversos tons de branco; a Miguel Rio Branco, com uma intensa exposição fotográfic­a produzidas nos últimos 30 anos pelo espanhol; a Doug Aitken (2009), com o som da terra; a Cildo Meireles, uma das mais sensoriais do circuito; e a Galeria Praça, que reúne icônicas obras já na entrada e uma instalação sensorial da artista Janet Cardiff que arrepia a todos os visitantes e finaliza o passeio com gostinho de quero mais.

Além disso, o espaço é considerad­o também um Jardim Botânico, abrigando uma das maiores coleções de palmeiras do mundo, além de outras espécies belas e raras. Hoje, são cinco as composiçõe­s fixas de botânica: Vandário, Jardim de Todos os Sentidos, Jardim Desértico, Veredas, Jardim de Transição, Jardim Pictórico e Largo das Orquídeas.

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