As verdades da Floresta Amazônica
Primeiro destino: Manaus. Fomos com o especial 737-800 da Gol, com serviço premium e horário cumprido à risca. Estou cada vez mais apaixonado em viajar com essa Companhia Aérea que se moderniza e se atualiza a cada instante.
Manaus possui uma história sensacional cultural e de muita riqueza sendo o Teatro Amazonas sua maior e mais bela representatividade do áureo Ciclo da Borracha.
A capital do Amazonas também possui gastronomia espetacular alimentada por rios fartos de peixes espetaculares como o Tambaqui e o Pirarucu. No disputado e premiado restaurante “Caxiri”, assinado e pilotado pela chef Débora Shornik, os deleites não são poucos e tudo o que provamos abala corações. A forma como Débora prepara os maravilhosos peixes locais é impressionante bem como prepara o Pato no Tucupi, meu prato predileto, aqui reeditado numa massa fresca exemplar. A vontade é degustar tudo e muito mais.
Dessa vez não fiquei muito tempo em Manaus, mas o pouco que fiquei com o maravilhoso receptivo “Amazon Eco Adventure”’foi especial e fomos por eles conduzidos a curtir o novo “Museu da Cidade de Manaus”, bastante interativo e com uma montagem exemplar. Também nos levaram de lancha almoçar no poético e alucinante restaurante “Peixe Boi”, num cantinho escondido do Rio Negro onde a dona e chef Ana Maria impressiona com sua simpatia e competência gastronômica. Um luxo com autenticidade e recheado de sabores prazerosos. Que final de tarde único, Que Pôr do Sol!
A partir daí, no dia seguinte, iniciamos uma jornada espetacular a bordo do sofisticado, confortável porém bem autêntico e local barco “Jacaré Açú” dirigido pela sensacional e boutique “Expedição Katerre” administrada por Ruy Tone, um empresário visionário do Turismo que ultrapassa fronteiras apoiando e investindo nos mais incríveis projetos de preservação e crescimento cultural na floresta. Precisaria de páginas e mais páginas para descrever esse mago do Eco-turismo-consciente.
Durante 8 dias mergulhamos nas verdades existentes na alma da Amazônia navegando por volta de 700km rio adentro, passando por Nova Airão, Madadá, Velho Airão, Moura, Xixuaú, atravessando reservas naturais como Anavilhanas, Jaú entre outras.
Rios impressionantes foram nossas estradas como os lindíssimos Jaú e Jauaperi por onde praias, ilhas, cachoeiras convidaram-nos a momentos inesquecíveis.
O contato intenso com as populações ribeirinhas e
com projetos arrepiantes como o “Viva Amazônia” dirigido por Paul e Bianca levando educação e consciência aos locais em áreas inóspitas, são de emocionar e reverenciar. Crianças que recebem como doação de voluntários da vida o melhor exemplo de cidadania. Vemos aí como pouco doamos nosso melhor a quem não tem condições de receber. Basta querer!
Os animais cruzam o tempo todo nossas rotas pelos brilhantes rios em harmonia, desde que cada um respeite o seu espaço. Convivemos constantemente com Araras, Jacarés, Ariranhas, Macacos, Cobras e os simpáticos e sorridentes Botos que saltam poeticamente, exuberantes, ao nosso lado. Um espetáculo ao vivo e absolutamente natural. Quão perfeita é a Vida! Pena que muito tenha sido destruído pelo próprio homem, mas que maravilha que outros homens de força lutem por esse Pulmão do Universo.
Durante todos esses dias convivemos 24 horas entre o grupo ali existente e a falta de comunicação continua com a cidade e familiares pelo Wi-fi trouxe-nos uma Paz que há muito tempo não provávamos. Uma experiência a fundo com pessoas distante de um universo tão conectado como o de hoje.
Navegar com o “Jacaré Açú” é um capítulo à parte de tudo pois ali somos recebidos como família e a tripulação cuida de todos com tanto afeto, que fica impossível não morrermos de saudades de todos.
Depois da jornada ficamos ainda 2 dias sensacionais no também sensacional e design “Mirante do Gavião Lodge” em Novo Airão, um hotel hype, sem perder o DNA local, com os melhores serviços à beira de um rio vivo e entregue a todos.
Claro que não deixamos de passar e valorizar mais uma vez um dos projetos mais completos e construtivos que conheci: Fundação Almerinda Malaquias (FAM), fundada por Miguel Rocha da Silva e Jean- Daniel Valloton no ano de 1992, focada na formação profissional de adolescentes carentes do Rio Negro. Lá a população da cidade utiliza de recursos naturais com consciência para criar objetos maravilhosos em marchetaria além de entenderem a biodiversidade riquíssima que os cerca. Extraordinário, apenas conhecendo pessoalmente para entender a dimensão desse projeto.
São tantos aprendizados e encontros que eu precisaria de páginas e páginas para descrever cada vivência desses dias mágicos e abençoados pelo Universo.
Um show da Floresta a todo instante cantado pela voz de pássaros infinitos.
Voltei da Amazônia, mas desde a primeira vez que pisei nessa terra, respirei desse ar e mergulhei nesses rios a Amazônia nunca mais saiu de mim.
Algo que invade e toma conta, uma sensação única, iluminada.
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