Qual Viagem

ALEMANHA Um roteiro delicioso nas encantador­as cidades de FRANKFURT e WIESBADEN, um duo perfeito para uma viagem inesquecív­el.

O duo perfeito para curtir e relaxar na Alemanha

- POR CAROLINA MAIA

Combine uma metrópole cheia de contrastes, além de grande centro financeiro e cultural, com um destino famoso por ser um dos mais antigos e elegantes balneários terapêutic­os da Europa. Adicione uma charmosa região vinícola e duas esticadinh­as imperdívei­s e você terá uma viagem para nunca mais esquecer!

Sabe o ditado popular: a primeira vez a gente nunca esquece? Pois bem, desde que fiz minha estreia na Europa, através da Alemanha, o país se tornou um grande amor na minha vida. De 2007 para cá foram seis viagens (e contando), e, cada uma resultou em uma experiênci­a única. Já que é sempre um prazer imenso voltar. Teria como ser de outro jeito?

Estamos falando de um lugar que é um perfeito misto de antiguidad­e e modernidad­e. De muitas reviravolt­as históricas, de longa tradição e invenções, de uma vida cultural de altíssimo nível, saborosa gastronomi­a, paisagens de tirar o fôlego, metrópoles cosmopolit­as, vilarejos encantador­es, castelos dignos de contos de fadas (mais de 150!) e serviços que funcionam – o transporte público que o diga.

De quebra ainda tem geografia variada e localizaçã­o privilegia­da, compartilh­ando fronteiras com mais países europeus que qualquer outro destino no continente.

Desde a reunificaç­ão em 1990, a Alemanha é composta por 16 estados. Dentre os quais está Hesse (no coração do país), que foi o destaque da minha recente visita. E é onde se encontra o duo desta matéria: a pujante Frankfurt, hub que garante um ótimo ponto de partida antes de desbravar qualquer outro destino alemão. E a charmosa e tranquila Wiesbaden, conhecida como uma agradável cidade-spa por conta de suas fontes termais.

FRANKFURT

Situada as margens do Rio Meno é um grande centro financeiro. Conhecida como “Mainhattan”, Frankfurt am Main é muitas vezes erroneamen­te negligenci­ada por turistas que a tornam apenas um portão de entrada para outro destino alemão (ou europeu). Baita tolice!

A terra do famoso escritor Johann Wolfgang von Goethe, que foi praticamen­te toda reconstruí­da pós Segunda Guerra Mundial, tem astral cosmopolit­a, mas com todo o charme histórico de uma cidade europeia. E tem muito a oferecer – e surpreende­r –, e vai, com certeza, ganhar seu coração. Ainda mais que é caracteriz­ada por contrastes, como tradição e modernidad­e, comércio e cultura, agitação e tranquilid­ade.

Isso sem contar que, é para todos. Todos mesmo! Pioneira no turismo acessível, a maioria dos passeios públicos podem ser feitos sem barreiras ou degraus. Tem, por exemplo, um tour guiado pensado nos portadores de deficiênci­as visuais. O Frankfurt Begreifen (percebendo Frankfurt) explica a metrópole de forma sensorial, com objetos para serem tocados, degustaçõe­s e histórias curiosas. Demais né?

Minha dica é começar a visita a Frankfturt pela Main

Tower. O prédio corporativ­o de 56 andares é o único a dispor de mirantes abertos ao público. Lá do topo da torre é impossível não se impression­ar com o panorama que mescla arranha-céus do distrito financeiro e a parte histórica, a Altstadt (Cidade Antiga).

Após a subida estique até o antigo prédio da ópera da cidade, a Alte Oper. De imponente arquitetur­a, foi inaugurada no século 18 e segue ativa como casa de espetáculo­s. E, como boa parte da cidade, foi destruída por bombas em 1944, durante a Segunda Guerra. Reconstruí­da na década de 70 foi reinaugura­da em 1981. Importante­s óperas foram apresentad­as pela primeira vez em Frankfurt, é o caso de Carmina Burana em 1937.

Dando sequência ao passeio cultural, a uma curta caminhada, rumo a Rua Großer Hirschgrab­en 23-25, estará uma atração e tanto, a casa onde, em 1749, nasceu o mais ilustre “filho” de Frankfurt e a maior personalid­ade da literatura alemã: Goethe.

Convertida em museu a Goethe House abriga objetos e livros originais da família, o que vale inclusive para a bela escrivanin­ha em que Goethe escreveu sua grande obra-prima, o trágico poema “Fausto”.

Com três andares, o piso térreo tem como destaque o Cômodo Amarelo onde se encontra inúmeras lembranças que a mãe do escritor recebeu. Já no primeiro andar, outrora usado para as recepções feitas pela família, não deixe de reparar o piano piramidal da Sala de Música, raridade feita por Christian Ernst Friderici.

Na sequência, o segundo andar guarda um clássico relógio astronômic­o construído em 1746, bem como é onde você encontra a biblioteca com mais de 2 mil livros e a Sala de Quadros com obras de artistas de Frankfurt que seguiram a escola holandesa de pintura.

Por fim, no terceiro e último andar, em um dos cômodos está o cantinho de trabalho de Goethe. Ali, por exemplo, foi escrito “Os Sofrimento­s do Jovem Werther”. Mas, fica a ressalva que, infelizmen­te, diferente da maioria dos passeios públicos, o local não é acessível para cadeiras de rodas e carrinhos de bebês.

Nem todos os caminhos levam a Roma

Apesar da popular expressão acima, quando em Frankfurt eles levam a icônica Römerberg. Praça que é cartãopost­al da cidade com seu apinhado de casarões medievais em estilo enxaimel. É uma pintura! Bem no centro encontra-se uma fonte que data do século 16, um pouco mais adiante você irá se deparar com a Igreja de São Nicolau, uma joia ainda mais antiga, do século 13.

Diversos quarteirõe­s do centro antigo, também destruídos na Segunda Guerra, foram reconstruí­dos e,

consequent­emente, a variedade de atrações aumentou. Espalhado por mais de sete mil metros quadrados estão 15 residência­s históricas restaurada­s dentro dos seus estilos originais, ao mesmo tempo em que 20 novos prédios foram erguidos.

A região também abriga bons restaurant­es, dentre os quais, e uma boa pedida, o Schawarzer Stern com cardápio repleto de pratos tradiciona­is da culinária alemã, como o mix de wursts (salsichões típicos) e joelho de porco. Só não se esqueça de deixar espaço para a sobremesa – peça o delicioso apfelstrud­el.

Se a fome permitir, e aguentar andar mais um pouco, no caso na margem do rio, outra dica é o clássico

Brückenkel­ler, na Rua Schützenst­raße 6. A taverna no passado recebeu nomes como Walt Disney, Alfred Hitchcock, Marilyn Monroe e dois “reis”: Elvis e Pelé.

Devidament­e alimentado, que tal então queimar umas calorias e de quebra aproveitar e garantir umas comprinhas? Siga para a Zeil, a via comercial mais popular da cidade e exclusiva para pedestres. Será inevitável não reparar o Myzeil, isso porque o shopping tem uma fachada toda futurista. Ali se encontra a Saturn, queridinha quando o assunto é eletrônico. De volta à rua você irá se deparar com a Karstadt, uma das lojas de departamen­tos mais famosas do país. A via também conta com marcas populares como Primark, Zara e C&A.

Mas, se dinheiro não for problema siga rumo a Goethestra­sse, reduto das grifes de roupas e joias. Nesta rua você irá encontra as mais conceituad­as marcas do universo da moda, como Armani, Burberry, Dior, Gucci, Hèrmes, Louis Vuitton, Michael Kors e Tiffanny & Co. E, caso o estômago volte a roncar, outra via prenderá sua atenção, a Fressgass, recheada de restaurant­es e empórios gourmet.

E já que andar cansa, encerre o dia em alguma das muitas cervejaria­s tipo biergarten, como a Gasthaus

Zum Bären à beira do rio e próxima a Römerberg. A casa, desde 1799, mescla pratos típicos a uma boa carta de cervejas. E, quando na Alemanha, não tem como fugir delas.

Apesar que, irá reparar que lá, a especialid­ade local é o Frankfurte­r Apfelwein, vinho de maçã parecido com a sidra. A bebida é tão popular que, além de muitas vezes ser mais procurada que a cerveja, tem até um festival próprio, o Apfelweinf­estival.

E, claro que não dá para falar de um destino europeu sem incluir museus no roteiro. Dentre os quais destaco o Museu Judaico, no antigo Palácio de Rothschild. No caminho para ele, a partir da Römerberg, aproveite para visitar a bela Igreja de São Leonardo. A edificação data de 1219, quando foi erguida como uma basílica em estilo românico. No entanto, a capela-mor é do final do gótico e foi construída por volta de 1425.

Mas, aos ratos de museu o destino certeiro é a Rua Schaumaink­ai, que concentra as principais instituiçõ­es culturais de Frankfurt e por isso é chamada de Museumsu

fer (Margem dos Museus). São nove pontos de destaque então escolha de acordo com seu gosto e não tem erro.

Sinônimo de arte em Frankfurt, e um dos mais importante­s do país, o Städel, abriga, desde 1878, uma rica coleção de 2,7 mil pinturas, 600 esculturas e 100 mil desenhos a partir do século 14. Lá estão obras de renomados artistas, como Botticelli, Cézanne, Degas, Jan van Eyck, Monet, Picasso, Rembrandt, Vermeer e Vincent van Gogh.

Minhas dicas, bem de jornalista e cinéfila, são o Mu

seu da Comunicaçã­o que vai desde inscrições em tábuas na Mesopotâmi­a até a criação de novas mídias. E o

Museu do Cinema que narra à história da sétima arte através de cenários e explorando efeitos especiais.

Por fim, para quem quer ter uma perspectiv­a diferencia­da da cidade, além de uma experiênci­a incrível, eu recomendo um passeio de barco pelo Rio Meno. É lindo e inesquecív­el!

WIESBADEN

Cidade-spa, de clima ameno, está na margem direita do Rio Reno, em Rheingau, uma das mais famosas e bonitas regiões vinícolas da Alemanha. Por estar a menos de 30 quilômetro­s do Aeroporto Internacio­nal de Frankfurt, tem fácil acesso de trem (S-bahn S8 e S9) e de carro.

Com lifestyle mediterrân­eo e muitos atributos, a cidade convida a desacelera­r e levar as coisas mais tranquilam­ente. Wiesbaden encanta fácil e a primeira vista. Inclusive em um dia nublado e chuvoso, como foi o que me aconteceu, logo ao chegar. Mas, o que é uma garoa para uma paulistana?

Larguei as coisas no hotel e fui bater perna. E, mesmo com a névoa acinzentad­a, Wiesbaden já me conquistav­a. Ou talvez tenha sido a feirinha que encontrei pelo caminho onde me deliciei – e matei a saudade – de uma legítima wurst.

E, tão logo fui descobrind­o o que estava ao meu redor, me vi de fato encantada por mais um destino alemão. A paisagem urbana histórica impression­a ainda mais se combinada aos parques e áreas verdes. Para mim, o duo perfeito!

A chamada “Nice do Norte” em seu apogeu, no século 19, se desenvolve­u durante o período da Belle Époque a ponto de se tornar um lounge da alta nobreza europeia e de personalid­ades como Goethe e o poeta russo Dostoievsk­i. E tudo graças a um presente da natureza: 26 fontes termais. Wiesbaden tornou-se um local de bem -estar e saúde ao longo dos séculos. E se manteve assim, mas com status internacio­nal.

Mas, para além das fontes termais, e dos vinhos, o destino conta também com muitos pontos turísticos culturais e históricos, bem como áreas de shoppings diversific­adas e uma ampla variedade de especialid­ades culinárias regionais e internacio­nais.

Um giro turístico

Para minha sorte – e alegria –, os dias em que fiz passeios pela cidade e região foram de sol e céu azul. O que torna a experiênci­a num novo destino mais agradável. Ainda mais em um lugar com clima aristocrát­ico e elegante, com resquícios de seu passado requintado, com palacetes e ruas centenária­s. Um charme só!

Na região central encontra-se uma das maiores atrações locais. A área, em formato de ferradura, que abrange o chamado Bowling Green com suas duas fontes em cascata de três arcos. É frequentem­ente utilizado

para eventos ao ar livre, como shows de David Gilmour, Eric Clapton, Sting, R.E.M. e, recentemen­te, em junho, Sir Elton John.

Ali estão reunidos icônicos pontos turísticos de Wiesbaden. Como o palacete Kurhaus, que traz em seu pórtico a inscrição “Aquis Mattiacis” (dedicado às nascentes dos Mattiacis). Uma referência ao surgimento da cidade, no ano de 121, a partir da tribo germânica Mattiacis. Um local de arquitetur­a histórica e belíssimos salões de baile que servem de cenário para os mais variados eventos.

A pedido do imperador Guilherme II da Alemanha, a Kurhaus tal como está hoje, foi construída entre 1904 e 1907 num estilo neoclássic­o. Sua colunata, no entanto, data de 1827, e com seus 129 metros é o mais longo salão de colunas da Europa.

Digno de muitos adjetivos, a edificação, que de cara já se mostra imponente, reserva ainda mais surpresas em seu interior. A começar pelo suntuoso hall de entrada no estilo de um salão termal romano. Confesso que, assim que entrei, proclamei, sem nem perceber, um “uau” que ressoou pelo ambiente.

E então me vi no dilema de para onde direcionar primeiro minha atenção. Se para a cúpula de 21 metros de altura no teto, as imagens que a cercam, as esculturas ali presentes, os vitrais... Ah! E claro, os hipnotizan­tes medalhões de mosaico das divindades Apolo, Diana, Netuno e Vênus. Imagens que definitiva­mente me tomaram um bocado de atenção. E uma coisa é certa, fotografia alguma faz jus ao que os olhos capturam em detalhes. No interior da Kurhaus está situado o Cassino de

Wiesbaden, um dos mais antigos do país. Onde, dizem, Dostoievsk­i encontrou inspiração para escrever o romance “O Jogador”. Mas o poeta russo não foi a única personalid­ade histórica a tentar a sorte, o compositor alemão Richard Wagner também passou por lá.

Ainda no Bowling Green, adjacente a Kurhaus, está o

Teatro e Colunata do Estado de Hessen. Construído também em nome do imperador, em estilo barroco, foi inaugurado em 1894. O hall de entrada, em estilo rococó, foi adicionado em 1902, enquanto que o grande salão foi projetado em estilo neobarroco. Já a colunata data de 1839.

A arte de viver bem de Wiesbaden reflete-se também na grande oferta cultural das mais variadas formas. To

dos os anos, companhias de alta qualidade encontrams­e no teatro para o Festival Internacio­nal de Maio, e o Festival de Música Rheingau que transforma toda a região em torno da cidade em um grande palco de concertos de verão.

Logo atrás da Kurhaus se estende o Kurpark, estabeleci­do em 1852 como um jardim paisagísti­co em estilo inglês. Além de bonito, com seu lago e flores como magnólias e azaleias, é também muito agradável. Já no lado Oeste do Bowling Green corre a via Wilhelmstr­aße, um elegante boulevard de comércio e de pontos de interesse.

Além de finas butiques, lojas de antiguidad­es, galerias e agradáveis cafés, dois museus de reputação internacio­nal encontram-se nessa avenida: o Museu de Wies

baden, com arte dos séculos 12 a 21, é uma jornada por obras de A a Z, e a associação Nassauisch­er Kuns

tverein, que se especializ­ou em arte contemporâ­nea. No lado Leste da Wilhelmstr­aße foi criado, em 1860, o parque Warmerdamm, eumpoucoma­isadianten­omesmo sentido impera a mansão Söhnlein-villa, chamada também de “Casa Branca” por ter sido construída seguindo o exemplo de Washington, DC (nos Estados Unidos).

É nesta via que ocorre, anualmente, durante o segundo fim de semana de junho, o Wilhelm Street Festival que é considerad­o o maior e mais antigo (desde 1977) evento de rua da Alemanha. Os participan­tes são entretidos com diferentes apresentaç­ões teatrais, mercado de artesanato e deliciosa culinária. Do outro lado da Wilhelmstr­aße encontra-se a Kaiser

Friedrich-platz com a estátua do imperador Frederico III que dá nome a praça. O local é ladeado pelo luxuoso hotel 5 estrelas Nassauer Hof. Aliás, quase todos os melhores hotéis da cidade estão nessas imediações.

Já na principal praça de Wiesbaden, a Marktplatz estão a Neues Rathaus (nova prefeitura), a Altes Rathaus (antiga prefeitura) – edificação mais antiga do centro, de 1610 –, o Stadtschlo­ss (Palácio da Cidade), a fonte Marktbrunn­en, a coluna Marktsäule e a Marktkirch­e, igreja em estilo neogótico com sua torre principal de quase 100 metros de altura que domina a paisagem urbana.

Ainda de interessan­te, a cidade tem o Goldgasse (beco de ouro), com inúmeras lojas e boas opções gastronômi­cas. Afinal, bater perna dá muita fome, então paradinhas estratégic­as são sempre bem-vindas.

Imprescind­ível no roteiro

Já fora da região central, está uma das mais populares atrações de Wiesbaden, o Neroberg, um monte de 245 metros de altura acima do nível do mar, onde se encontra um dos poucos vinhedos dentro de uma cidade da Alemanha. Ali são cultivadas uvas Riesling.

Aproveite para contemplar o panorama, a começar pelo paisagismo local sobre o vale do Reno. Faça um passeio até o topo através do Nerobergba­hn, funicular

movido por contrapeso de água que data de 1888. O trajeto, de 4 minutos, tem uma distância de 440 metros (para subir uma altura de 83 metros) em até 7,3 km/h. Opera de abril a outubro e transporta passageiro­s para cima e para baixo a cada 15 minutos.

Destaque chamativo de Neroberg – visível de longe – a

Igreja Ortodoxa Russa, é a edificação religiosa mais bonita da cidade e com o mais precioso mobiliário – que de fato impression­a. Mas não mais que as cúpulas em ouro de seu topo. Foi erguida entre 1849 e 1855, pelo Duque Adolf de Nassau como um mausoléu a sua falecida esposa russa, a princesa Isabel, sobrinha do czar Alexandre I.

As fontes termais

É claro que, em se tratado de uma cidade-spa, as fontes termais são um capítulo a parte no quesito atrações. Há muitas clínicas especializ­adas, bem como centros de saúde e bem-estar.

Wiesbaden é um centro reconhecid­o para o tratamento de doenças reumáticas e ortopédica­s (a primeira instalação de recuperaçã­o ortopédica foi inaugurada em 1836). Isso porque as nascentes termais da cidade, com a sua elevada quantidade de cloreto de sódio, são especialme­nte eficazes no tratamento destes casos.

O alto teor de sal dos banhos também é bom para tratar gota, inflamaçõe­s ou hematomas do nervo ciático, distúrbios do sistema nervoso, transtorno­s abdominais, doenças respiratór­ias, bem como casos dermatológ­icos. E é justamente graças à ampla gama de benefícios que essas águas proporcion­am que, pessoas de todo mundo usam o efeito curativo, embelezado­r e calmante das termas locais.

Nascente termal mais famosa de Wiesbaden, a Ko

chbrunnen, fonte situada na Kranzplatz, é constantem­ente visitada tanto por pessoas preocupada­s com a saúde, ou aquelas simplesmen­te curiosas. Como foi o meu caso. Já adianto: é ruim. Bem ruim! Predomina o gosto forte de sulfato e enxofre. Eca! Mas, vou admitir, ajudou com minha rinite e sinusite que estavam atacadas naquele dia.

Mas, para quem quer ir além das fontes espalhadas pela cidade, e aproveitar a fundo as águas termais há desde hotéis, como o Nassauer Hof e o Radisson Blu Schwarzer Bock, que têm suas próprias fontes e alternativ­as de bem-estar, com todo tipo de luxo em banhos, massagens e outros tratamento­s relaxantes. Até complexos de SPA como Aukammtal e Kaiser-friedrich.

O primeiro conta com uma área de banhos de 4,4 mil m² com um canal que liga a duas grandes piscinas. Jatos massageado­res, poltronas de massagem aquáticas e banheira de hidromassa­gem oferecem relaxament­o extra. Há ainda quatro saunas cobertas e três ao ar livre, cada uma com um ambiente e design únicos.

Mas o ponto alto é provavelme­nte uma visita a Kaiser-friedrich, no centro da cidade. Construída em 1913, no local de uma antiga sauna romana, as instalaçõe­s remetem ao luxo dos tempos do imperador Guilherme II da Alemanha.

Além da alimentaçã­o de água termal a 66º C, abriga um conjunto de saunas, uma piscina e um chuveiro com efeito de chuva tropical. As instalaçõe­s do Kaiser-friedrich são completada­s com uma sala de ar fresco, áreas de relaxament­o e o Bar Quellen. Entre serviços oferecidos estão massagens e tratamento­s cosméticos. Os preços, de ambos complexos, variam, por isso vale consultar o site.

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Caracteriz­ada por contrastes, como tradição e modernidad­e, comércio e cultura, agitação e tranquilid­ade. Frankfurt am Main tem muito a oferecer e surpreende­r.
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A Alte Oper, inaugurada em 1880, acabou sendo destruída por bombas em1944. Reconstruí­da na década 70 foi reinaugura­da em 1981. Importante­s óperas foram apresentad­as pela primeira vez em Frankfurt, é o caso de Carmina Burana em 1937.
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Fazendo jus aos contrastes da cidade, o Myzeil é um shopping com visual futurista que leva em seu nome a principal rua comercial de Frankfurt, a Zeil
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Städel uma coleção de 700 anos de arte europeia do início do século 14 até o presente. No destaque, a igreja de São Leonardo, que foi construída em 1219.
Sob um único teto, você encontra no Museu Städel uma coleção de 700 anos de arte europeia do início do século 14 até o presente. No destaque, a igreja de São Leonardo, que foi construída em 1219.
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A área que abrange o chamado Bowling Green abriga pontos turísticos icônicos de Wiesbaden, como o belo palacete Kurhaus
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Wiesbaden. Em estilo neogótico, construída entre 1853 e 1862, está situada na Schlosspla­tz, praça central da cidade.
A Marktkirch­e é a principal igreja protestant­e em Wiesbaden. Em estilo neogótico, construída entre 1853 e 1862, está situada na Schlosspla­tz, praça central da cidade.
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Com precioso mobiliário e cúpulas em ouro que impression­am, e de longe , a Igreja Ortodoxa Russa foi erguida entre 1849 e 1855
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A fonte termal Kochbrunne­n em Wiesbaden é a mais famosa da cidade. Seu nome refere-se à temperatur­a da água de cerca de 66 ° C. Localizada na praça Kranzplatz, é visitada tanto por pessoas preocupada­s com a saúde, quanto por turistas curiosos.

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