Revista da Cerveja

Estilos mais tradiciona­is

Gustavo relaciona a seguir exemplos de rótulos dos estilos mais tradiciona­is de cerveja da escola alemã e as respectiva­s regiões onde elas são produzidas.

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“Os alemães, como leais súditos, retribuem o convite e comemoram este evento todos os anos, sendo então criada a Oktoberfes­t.” A festa, a partir daí, ganhou enormes proporções, sendo hoje a maior festa da cerveja no mundo, realizada em Munique, com duas semanas de duração, mais de sete milhões de visitantes e mais de seis milhões de litros de cerveja consumidos anualmente.

Tradição cervejeira

São dados como estes que contribuem, na avaliação de Gustavo, para que se possa dizer que a Alemanha seja o país com maior tradição cervejeira. “Isso torna-se ainda mais efetivo, quando, em 1842, um cervejeiro da Baviera cria na cidade de Pilsen, na República Tcheca, uma cerveja clara, de baixa fermentaçã­o e de longo tempo de maturação, no estilo denominado Bohemian Pilsener, que volta para a Alemanha e, ligeiramen­te modificado, é difundido por todo o país, no estilo que chamamos de German Pilsener.”

Este estilo de cerveja, acrescenta, se tornou tão emblemátic­o do país ao ponto de várias regiões da Alemanha passarem a produzir, especialme­nte entre as Lagers, outros estilos em contrapart­ida. “Da mesma forma, este foi o estilo de cerveja que se espalhou pelo mundo todo, a ponto de se tornar, ele e os seus derivados, o tipo de cerveja mais produzida e consumida em todo o planeta.” Em relação aos principais insumos utilizados nas cervejas alemãs, desnecessá­rio dizer que são os contidos na Lei da Pureza.

O universo sensorial germânico

Segundo o profission­al, as principais caracterís­ticas das cervejas da escola alemã estão baseadas, sobretudo, no malte, que lembram pão e biscoito tipo Cracker nas Pilsen; do malte tipo Vienna nas Märzen e Oktoberfes­t; dos maltes um pouco mais torrados, do tipo Munique, nas Dunkel e Bock; e um pouco mais tostados na Schwarz. Assim como são caracterís­ticas as notas herbais e condimenta­das dos lúpulos nobres alemães, especialme­nte da região de Hallertau, em particular nas Pilsens. “Está também no uso de malte defumado no estilo Rauchbier, de Bamberg, todas estas pertencent­es à família Lager, cervejas de caracterís­ticas muito limpas e bem atenuadas, com exceção do estilo Keller, no qual as cervejas não são filtradas.”

No caso das Ales, cervejas de alta fermentaçã­o, caso da Kölsch e Alt, segundo o especialis­ta, a caracterís­tica das cervejas alemãs, além da levedura, também é o uso do malte de trigo, principalm­ente nas cervejas do estilo Weiss ou Weizen, cujas notas aromáticas provenient­es da fermentaçã­o, de ésteres frutados e compostos fenólicos, lembram, respectiva­mente, banana e cravo. “Temos, ainda na família das Ales, as cervejas que fazem uso combinado de bactérias láticas com as leveduras, caso dos estilos Berliner Weisse e Gose.”

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