política
Presidente bolsonaro ressalta a importância da união entre setores público e privado para enfrentar os desafios trazidos pela pandemia
aliança para vencer a crise
a missão que falo para os ministros é que não devemos atrapalhar quem produz”. A frase do presidente Jair Bolsonaro resume o espírito do evento em sua homenagem Um Brinde à Democracia, promovido pelo Grupo Voto. Ao lado de seus principais ministros, o mandatário frisou a uma plateia de 150 CEOS e CFOS – de algumas das maiores corporações do País – a importância do setor privado e da convergência com o setor público para que o Brasil possa sair da crise trazida pela pandemia.
“O encontro tem o intuito de levar a palavra do chefe da Nação para importantes lideranças empresariais para, assim, fomentar a união entre os setores público e privado e possibilitar que, juntos, possamos superar de forma assertiva a crise que foi instalada por causa do covid-19”, afirmou Karim Miskulin, CEO do Grupo Voto, responsável pelo evento, realizado em novembro, na Sociedade Hípica Paulista, Zona Sul de São Paulo. O encontro teve o patrocínio do Grupo Voetur, RV Ímola, Ferrero, Grupo Ambipar e General Motors.
Com as presenças dos ministros Paulo Guedes (Economia), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) Bento Albuquerque (Minas e Energia), Fábio Faria (Comunicação), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), o evento contou ainda com os deputados Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, e Arthur Lira (PP-AL).
Bolsonaro foi homenageado pelo seu protagonismo ao fazer com que o Brasil conseguisse diminuir a desigualdade social durante a crise, graças à criação do maior programa social do mundo (o auxílio emergencial), entre outras inúmeras ações.
O ministro Tarcísio de Freitas disse que os indicadores dos setores ferroviário, rodoviário e da aviação indicam recuperação e, para 2021, prometeu a transferência de 52 ativos da infraestrutura para a iniciativa privada, que “é a maior alavanca para a retormada do crescimento”. Guedes confirmou os dados do colega sobre a expansão da economia e lembrou o sucesso desta gestão no corte dos gastos públicos, além da garantia dos recursos necessários para a saúde durante a pandemia.
Mário Garnero foi o escolhido para falar em nome dos empresários por sua liderança e seu empenho em trabalhar positivamente a imagem do Brasil e atrair novos investimentos. Entre os presentes, estava o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
“Os senhores que levam o Brasil nas costas. Não somos nós”, lembrou o presidente Bolsonaro, antes de ser bastante aplaudido pelos empresários. “Não devemos criar dificuldades para vender facilidades. Estamos completando dois anos sem denúncia de corrupção. Isso é obrigação nossa”, frisou Bolsonaro, que creditou a mudança à aproximação com o Congresso e à escolha de nomes técnicos para o ministério.
Na política ambiental, argumentou que “quando nos criticam, perguntamos a estes países: ‘Vocês sabem o que é mata ciliar?’ E exigem de nós! Temos o Código Florestal mais rígido do mundo, poucos países têm algo parecido ou próximo. Somos exemplo de preservação ambiental. A grande ‘bronca’ nesta área, como sabe o ministro Salles, é uma guerra comercial enorme”. Neste setor, Bolsonaro salientou que “a primeira coisa que se deve fazer é advertir e, só depois, partir para a multa. Caíram a quantidade e o valor das multas aplicadas nos últimos anos. Não é benevolência nossa, é boa aplicação da lei casada com bons ministros da Agricultura e do Meio Ambiente. Aí o campo tem prazer de produzir.”
Destacando a importância da humildade, o mandatário agradeceu o ex-presidente Michel Temer pela reforma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pois, sem as novas regras, “todos nós estariamos sofrendo hoje, também, com esta questão”. Ciente dos desafios enfrentados pelos empresários, adiantou a preparação, pelo ministro Guedes, do programa Minha Primeira
Empresa. “Aí as pessoas vão começar a perceber a dificuldade que é ser patrão neste Brasil. Quem sabe vamos conseguir mudar a legislação no futuro e não ficarmos amarrados a uma coisa que, no papel, é muito bonita, mas, na prática, não funciona”. E elogiou “o patriotismo de vocês na dedicação, na coragem de investir. Na questão econômica, sinalizamos como um dos países que melhor saiu da crise.”
Ao fim do discurso aos empresários, garantiu que “estamos dando a resposta a todos os senhores. O que nós queremos é continuar sendo amigos, trocarmos ideias... Converso com todos, não me interessa a coloração partidária. Temos a obrigação de mudar o Brasil; é inadmissível ver um país com tudo o que tem ficar ‘patinando’. O mundo requer cada vez mais uma segurança alimentar, temos o que eles não têm, ninguém tem um país mais bonito que o nosso, uma riqueza mineral como a nossa, terras agricultáveis; temos tudo para ser uma grande Nação. Tenho certeza que deixaremos um bom legado para quem nos suceder.”