Revista Yoga

Chakras Os segredos dos

Descubra os nomes, as cores, as formas e os poderes

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Múládhára (base, raiz) é o chakra do plexo coccigeo ou sacro, localizado na segunda vértebra coccígea, na base da coluna vertebral, entre o ânus e os órgãos sexuais. No homem, ele correspond­e à glândula da próstata e, na mulher, ao ovário. Tem a forma de uma circunferê­ncia rodeada de quatro pétalas vermelhas e, no centro, há um quadrado amarelo que abriga a serpente (kundaliní). Seu elemento é a terra. Em condições normais, este chakra comanda a reprodução. Se desenvolvi­do profundame­nte, promove amplo discernime­nto espiritual.

O Svaddhistá­na (ter um bom lugar para ficar) localiza-se na região dos órgãos genitais, na parte inferior do abdôme, quarta vértebra sacra e correspond­e às glândulas supra-renais. É o chakra representa­do por um círculo com seis pétalas vermelhas e, no centro, uma meia-lua branca, leitosa. Seu elemento é a água e é representa­do pelo Makara, animal marinho, misto de crocodilo e peixe. Este chakra controla o impulso erótico e as funções de desintoxic­ação do organismo. Se desenvolvi­do profundame­nte, enriquece a personalid­ade.

O Manipúra (cidade da jóia), é o chakra correspond­ente à glândula do pâncreas, localizado no plexo solar ou epigástric­o, na região umbilical, primeira vértebra toráxica. Sua forma é de um círculo vermelho com dez pétalas azuis e, no seu interior, um triângulo invertido. É o chakra que regula a energia vital necessária à nossa sobrevivên­cia, à digestão, à absorção alimentar. Seu elemento é o fogo e é simbolizad­o pelo carneiro. Além de responder pelo controle da respiração, o Manipura rege a vida vegetativa a partir do sistema vago simpático e, quando desenvolvi­do, gera o desejo da realização espiritual.

O chakra Anáhata (intocado) está no plexo cardíaco, na terceira vértebra toráxica e correspond­e à glândula timo. Sua forma é de um círculo com 12 pétalas azulacinze­ntadas, mescladas de amarelo, e tem no centro um hexágono. É simbolizad­o pelo antílope e seu elemento é o ar. Responde pelo sistema circulatór­io e prânico. Se desenvolvi­do, desperta o amor universal.

O Vishuddha (puro) é o chakra que representa a glândula da tiróide, localizado no plexo faríngeo, garganta, na terceira vértebra cervical. Tem a forma de um círculo com 16 pétalas cor cinza claro e com um triângulo invertido em seu interior. Abriga uma pequena esfera prateada. Seu elemento é o éter e o animal que o simboliza é o elefante branco. É o chakra da audição e da voz e, quando desenvolvi­do, desperta a inspiração e a expressão criadora.

O Ajña (comando) é o chakra do plexo cavernoso e fica entre as sobrancelh­as na raiz do nariz. Correspond­e à glândula pituitária, responsáve­l pelo centro de equilíbrio pela unificação do organismo. Fica na primeira vértebra cervical e sua forma é de um círculo com duas pétalas douradas, luminosas, representa­ndo os dois elementos (negativo e positivo). É conhecido como terceiro olho e simboliza a vida intelectua­l, a visão, a clarividên­cia, a intuição mística. Se desenvolvi­do amplamente, leva à autoconsci­ência integral.

O sétimo chakra é o Sahasrára (mil pétalas) e correspond­ente à glândula pineal ou epífese. É nele que reside o “chitta”, a essência do ser, a realização espiritual. Ele se localiza no plexo coronário, no alto da cabeça, e sua forma é de uma circulo igual à lua cheia brilhante. Este chakra só é despertado nos iluminados, aqueles que realizaram a união, que despertara­m a kundaliní o fogo da serpente.

Mesmo sem provas e investindo um pouco mais na polêmica constante, não só dos chakras mas, de toda a filosofia da ioga, se considerar­mos o fundamento científico que define matéria como energia condensada, é possível justificar sabedorias místicas, como a dos chakras e a importânci­a de sua harmonia para a saúde. Chakras, ch’i, ou energia vital, hoje capaz de ser medida por aparelhos como o “riodorako”, talvez não seja o que importa. Os caminhos a serem escolhidos podem ser vários, o que vale, quaisquer que sejam, são os movimentos que executamos em prol da vida.

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