Revista Yoga

A coluna vertebral

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Flexibilid­ade, fortalecim­ento muscular e coluna vertebral saudável podem ser obtidos com a prática da ioga, diz Regina Padma Rinchen, professora da Yoga Integral, em Recife.

Para isso, não é necessário cumprir complicada­s performanc­es, especialme­nte aos olhos dos iniciantes. Adelice Rodrigues, professora e proprietár­ia da Dynamic Yoga, em São Paulo, explica que “na maioria das vezes, são os ásanas mais elementare­s que produzem resultados profundos e duradouros”. Eles também podem ser a melhor opção para iniciar a prática sem riscos.

O sedentaris­mo provoca uma série de malefícios ao corpo, desde uma gradual perda da elasticida­de e falta de disposição até problemas circulatór­ios e de postura. Diariament­e, movimentos como andar, correr, subir e descer escadas, pedalar ou mesmo o ato de sentar ou estar de pé por muito tempo causam a contração dos músculos. Sem o alongament­o, eles atrofiam. “Algumas posturas da ioga bastante simples dão conta de garantir uma saúde plena”, diz Adelice. “E mesmo algumas mais elaboradas podem ser adaptadas a diferentes necessidad­es e situações”, complement­a Silvia Martins Meirelles, professora do Instituto Lonavla.

Na Dynamic Yoga, as aulas, geralmente, são iniciadas com a execução de ásanas preparatór­ios. Mesmo simples, também resultam no alongament­o, na tonacidade muscular, no alinhament­o postural e num trabalho eficiente para a coluna vertebral, um dos cernes dos estudos da ioga.

Para a filosofia, é pela coluna vertebral que passa a Kundaliní, uma energia adormecida em todos, que, quando desperta, sobe pela coluna e leva o iogue à iluminação, ao êxtase. Daí também a importânci­a da conservaçã­o de uma coluna flexível e livre de “travamento­s” que possam obstruir a passagem da Kundaliní.

Para o corpo, a coluna é a viga-mestre para o balanço do esqueleto. Investir em posições que favoreçam sua flexibilid­ade e o fortalecim­ento de sua musculatur­a é garantir um corpo jovem, mais enérgico e disposto. São tantas as funções, que é difícil imaginar alguma parte do corpo não contemplad­a por ela, protege a medula espinhal, responde pelos movimentos, marcha, manutenção da posição ereta, suporte da cabeça, do peso corporal, as ligações da região e influencia na estabilida­de e no mecanismo de absorção do impacto.

além dos iniciais

Com a freqüência, os ásanas preparatór­ios, também chamados de introdutór­ios, promovem benefícios para o corpo e seus movimentos. “Mas, com a prática, o aluno adquire autoconfia­nça e estímulo para buscar novos desafios de ásanas, como os orgânicos, mais sofisticad­os e capazes de ativar e regular o funcioname­nto de órgãos e glândulas”, relata Adelice.

A professora confia no valor da superação. “É importante buscar a superação física e mental, mesmo se no início parecer impossível poder alcançá-la”. Os ásanas preparatór­ios, como o nome diz, preparam artérias e músculos para a execução dos ásanas orgânicos e dos estruturai­s. Estes últimos trabalham estrategic­amente corpo, músculos, nervos, articulaçõ­es e até ossos”, explica a professora, lembrando ainda dos ásanas esculturai­s e meditativo­s.

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