Revista Yoga

Quem pratica ioga no Brasil?

Confira como o perfil dos adeptos mudou nos últimos tempos

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preto e o público exclusivam­ente de senhoras não retrata mais o perfil do iogue brasileiro. Hoje, é possível encontrar além de pessoas da terceira idade, que por muitos anos justificou a existência das escolas, também adolescent­es, universitá­rios, gestantes, executivos, e operários. Enfim, pessoas que exercem as mais variadas atividades, de ambos os sexos, com perfis bem diferentes.

Mas até proliferar o número de alunos e resultar em um público eclético, a ioga teve que superar muito preconceit­o e quebrar outras tantas barreiras, lembra Marcos Rojo Rodrigues, uma das exceções masculinas a dedicar-se à prática na década de 1970. Rojo é professor de ioga do Centro Poliesport­ivo da Universida­de de São Paulo (Cepeusp) e coordenado­r do curso de pós-graduação em ioga na FMU, primeiro e ainda único da capital paulista.

Muitos confundiam a filosofia com religião e a idéia de que era uma opção só para mulheres vingou por muito tempo. “O homem talvez tivesse dificuldad­e em praticar uma atividade na qual as mulheres levam vantagem”, arrisca Rojo, referindo-se à comum flexibilid­ade feminina, facilitado­ra para os muitos alongament­os da ioga.

A lembrança do professor Eduardo Henrique Caetano, à frente da Dynamic Yoga, em São Paulo, não é diferente. “Homens na ioga? Só professore­s. Alunas sempre eram mulheres e, geralmente, donas-de-casa da terceira idade. Esse perfil também dava a impressão de que a atividade era para doentes, para curar alguma dor crônica”, diz Caetano.

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Vandercy Junior Patrícia Caruso tem aulas com Yu Franklin, que já detectou melhora na concentraç­ão da aluna

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