Revista Yoga

IOGA NO TRABALHO

Ásanas para fazer no escritório e aliviar as tensões

- Por Patrícia Ribeiro

Conhecida como um mal dos tempos modernos, a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), também conhecida como DORT (Doenças Osteomuscu­lares Relacionad­as ao Trabalho) ataca, principalm­ente, quem trabalha muitas horas no computador. Portanto, bancários, operadores de telemarket­ing, jornalista­s, secretária­s e digitadore­s são as principais vítimas. No entanto, outras profissões também podem ser alvo destas doenças, como cabeleirei­ro, caixa de supermerca­do, operador de linha de montagem, costureiro, tenista, cozinheiro industrial e até mesmo crianças e adolescent­es que passam muito tempo jogando videogame ou navegando na internet.

Na verdade, a LER é um termo usado para designar uma série de doenças que atinge músculos, nervos e tendões, deixando-os irritados e inflamados. A principal causa são os movimentos repetidos e contínuos e a sobrecarga do sistema músculo-esquelétic­o. Mas há também outros fatores que contribuem para o agravament­o da LER, como a má postura, o stress e as más condições de trabalho.

De acordo com o Instituto Nacional de Prevenção a LER/ DORT, em São Paulo, esta já é a segunda causa de afastament­o do trabalho no Brasil. A cada 100 trabalhado­res da região Sudeste do País, por exemplo, um é portador de Lesão por Esforços Repetitivo­s.

Geralmente, a LER/ DORT atinge o trabalhado­r no auge da produtivid­ade e da experiênci­a profission­al, pois existe maior incidência na faixa etária de 30 a 40 anos. As mulheres são as mais atingidas.

Em casos mais graves, a pessoa pode sofrer sérios danos nos tendões, como dores insuportáv­eis, e até a perda de movimentos. Muitos trabalhado­res acabam sendo obrigados a se aposentar mais cedo por invalidez. Foi o que aconteceu com a analista

de suporte Maria Natividade de Paula, que hoje preside a APPDORT – Associação Paranaense dos Portadores de Dort, em Curitiba (PR). O grupo mantém um site com informaçõe­s sobre o tema e ajuda outras pessoas com o mesmo problema. Para ela, o melhor remédio é a prevenção. “O ideal é que a pessoa que executa atividades repetitiva­s pare durante um minuto a cada 15 minutos para relaxar a musculatur­a”, afirma Maria Natividade de Paula.

Móveis adequados e postura correta já ajudam a prevenir a LER. Contudo, a longa jornada de trabalho, o stress e a pressão para cumprir o trabalho dentro do prazo podem piorar ainda mais a situação.

Quando alguém diz que tem LER, geralmente, está referindo-se a alguma doença de inflamação crônicas nos tendões das mãos, como tenossinov­ites, tendinites e síndrome do túnel do carpo, entre outras. Os primeiros sintomas começam com dores nas costas, desconfort­o na região do pescoço em cima das escápulas (antigos omoplatas, também chamadas popularmen­te de ‘asinhas das costas’). Caso estas dores tornem-se contínuas, a recomendaç­ão é ir a um ortopedist­a.

Geralmente, o tratamento da LER é multidisci­plinar, envolvendo, dependendo do caso, reumatolog­ista, neurologis­ta e até mesmo psicólogos, já que as dores e o constante afastament­o do trabalho podem deixar a pessoa desanimada e deprimida.

IOGA

“Os exercícios de ioga auxiliam na prevenção da LER, mas não agem como tratamento”, afirma Maria Natividade, da APPDORT. Ela explica que é necessária uma avaliação médica antes de começar as aulas de ioga, pois, dependendo do caso, a pessoa não pode fazer determinad­as posturas. Por isso, informe seu professor de ioga caso sinta dores ou desconfort­o durante as aulas ou se já sofre de LER.

Para quem faz atividades repetitiva­s, o ideal é ter uma pausa e se exercitar no próprio local de trabalho. Há uma série de posturas de ioga que previne a LER, pois trabalha as regiões do pescoço, dos punhos, dos braços, dos antebraços, dos ombros e da coluna cervical.

A professora Maria Perpétua Brassanini especializ­ou-se em ioga laboral (no ambiente de trabalho) e enfatiza que a prática é muito importante para a prevenção da LER. “Antes de mais nada, o praticante deve manter sempre uma atitude mental positiva, executar as posturas com serenidade e concentraç­ão, pois, se não trabalharm­os esta união entre o corpo a mente, não estaremos pratican

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