Revista Yoga

CORES, AROMAS E SABORES

OS PRATOS DA CULINÁRIA INDIANA SÃO INTERESSAN­TES, GOSTOSOS E SIMPLES DE PREPARAR

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Na Índia, a diversidad­e da gastronomi­a é um retrato da sua vasta extensão, de suas etnias diferentes e suas histórias. Rica em variedade, guarda segredos simples e encanta por seu colorido e perfume inigualáve­is.

São mais de 3 milhões de km² de extensão e população superior a um bilhão de habitantes, o que explica o fato de existirem tantos costumes e hábitos diferentes, variando de região para região. Há os hindus vegetarian­os, os mulçumanos com seus pratos típicos com carneiro, o alto consumo de peixes na costa do país e a predominân­cia das frutas nas regiões tropicais. Na ciência ayurvédica por exemplo, essencialm­ente lacto-vegetarian­a, toda refeição deve conter os seis sabores que encontramo­s na natureza (doce, salgado, ácido, picante, amargo e adstringen­te), já que cada um deles estimula um sentido diferente, tem finalidade definida e age de acordo com o dosha de cada indivíduo. A junção de doces e salgados, frutas e legumes, temperos fortes e sutis garante pratos muito interessan­tes e de sabor incomparáv­el.

Terceira culinária mais popular do mundo atualmente, a indiana difunde-se principalm­ente no ocidente, tanto pelos preços atrativos quanto pelos sabores, pelas curiosidad­es e sobretudo pela variedade de ingredient­es e especiaria­s.

Preparar as iguarias indianas é muito menos complicado do que se imagina. Os ingredient­es utilizados são comuns, o manuseio dos utensílios é bem simples e as especiaria­s já podem ser encontrada­s com facilidade em casas especializ­adas de produtos naturais, lojas de artigos asiáticos e grandes supermerca­dos que trabalham com importados.

Vanda Figueiredo, que acaba de lançar o livro “Sabores da Índia”, com 142 receitas da culinária lacto-vegetarian­a indiana, é um exemplo de que não há mistérios transcende­ntais nessa cozinha: ela própria sabia muito pouco sobre

Terceira culinária mais popular do mundo atualmente, a indiana difunde-se principalm­ente no Ocidente, tanto pelos preços atrativos quanto pelos sabores, pelas curiosidad­es e sobretudo pela variedade de ingredient­es e especiaria­s

a cozinha até conhecer o monge Swami Tilak, em 1983, que visitava o Brasil para um ciclo de palestras, com o propósito de difundir a ioga e o Vedanta. Hospedado na casa de seguidores e amigos, tinha o costume de cozinhar diariament­e para seus visitantes, servindo almoço e jantar. Tinha duas ajudantes “recrutadas” de última hora e Vanda era uma delas: “a cozinha do Swami era muito simples, sem muitos cuidados com a beleza dos pratos nem utensílios especiais. O que havia de diferente era a utilização dos temperos, pós, grãos, ervas e coentros; nada de alho e cebola, como estamos tão acostumado­s. O mais impression­ante foi descobrir o aroma dos pratos, que tinham um perfume realmente surpreende­nte. Era como se os legumes, que pareciam insossos, de repente ganhassem vida”, conta Vanda.

A partir daí, ela passou a cozinhar constantem­ente, até receber o convite, em meados de 2001, para escrever um livro: “uma editora pediu que eu publicasse minhas receitas, atendendo a uma solicitaçã­o já antiga dos leitores. Decidi transmitir um trabalho que não traz ensinament­os, mas receitas simples, adquiridas pelo tempo, com a prática”.

O livro, publicado pela editora Lótus do Saber, tem receitas fáceis de preparar, que incluem sopas, arroz, pratos variados, salgadinho­s, complement­os, chutneys, picles, raitas (saladas com iogurte), pães milenares, doces e bebidas, além de uma lista de lugares onde a maior parte dos temperos e ingredient­es pode ser encontrada, no Brasil e no exterior.

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Trouxinha de acelga com mussarela
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