RESILIÊNCIA: a capacidade de se renovar
O assunto começou a ser pesquisado em 1955 pelas psicólogas americanas Emmy Werner e Ruth Smith. Elas estudaram crianças nascidas naquele ano na ilha de Kauai, a mais velha e quarta maior ilha do Havaí. As psicólogas viram que parte dessas crianças vivia em condições adversas: estresse perinatal, pobreza crônica, pais que não concluíram os estudos, alcoolismo e doença mental. Algumas crianças apresentaram problemas aos dez anos. Entretanto, um terço delas não teve sequelas psicológicas. Emmy e Ruth classificaram as crianças como “vulneráveis, mas invencíveis”. Essas crianças foram estudadas até os 40 anos. Fato curioso é que algumas passaram por circunstâncias desfavoráveis e conseguiram reverter a situação.
Outro estudo foi realizado na década de 70. Dessa vez, o alvo da pesquisa foram filhos de mães esquizofrênicas. Mesmo convivendo em meio a um transtorno mental, eles conseguiram desenvolver elementos para superar essa adversidade. Mas, como explicar essa vitória nos dois casos? Como explicar que pessoas que tinham tudo para encararem a derrota como algo normal conseguiram virar o jogo? O que elas têm de tão especial? Será que elas receberam algum treinamento para manterem-se fortes diante de situações estressantes? Qual será o segredo dessas pessoas? Veja a seguir.