50 ANOS DE REALISMO
Com curadoria de Tereza Arruda, exposição percorre a história daqueles que tentaram representar a realidade por meio da arte
50 anos de Realismo – Do Fotorrealismo à Realidade Virtual, até 14/1/2019, CCBB SP, Rua Álvares Penteado, 112
No léxico cultural da Europa do século 19, o termo realismo era usado para designar uma corrente artística caracterizada pela representação de situações cotidianas, geralmente com denotada preocupação social. No século 20, o realismo passou a ser empregado para descrever pinturas e esculturas que tentavam representar o visível com fidelidade. É desse segundo contexto que parte a exposição 50 Anos de Realismo – Do Fotorrealismo à Realidade Virtual, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Com curadoria da historiadora da arte Tereza Arruda, a mostra reúne cerca de 90 trabalhos de 30 artistas que colocam em debate a relação entre imagem e realidade. Em um percurso sugerido pela curadoria, o público começa a visita no quarto andar do Centro Cultural, onde estão expostos precursores do foto e do hiper-realismo, como o inglês John Salt e o norte-americano Ralph Goings. Nos próximos pisos do edifício estão expostas obras de artistas de outros países e épocas que foram influenciados pela corrente hiper-realista, chegando a trabalhos em realidade virtual no primeiro andar e no subsolo. No núcleo contemporâneo estão artistas como o japonês Akihiko Taniguchi, que mostra espaços virtuais onde insere seu próprio corpo, e a brasileira Regina Silveira, com uma animação digital em vídeo. A exposição faz um breve percurso histórico que mostra o impacto da tecnologia na imagem e na concepção contemporânea do que é real. LF