POEMA VERMELHO
COM A IMPLANTAÇÃO DA LEI 11.645/08, O ENSINO DE CULTURAS E LITERATURAS AFRICANAS, AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS TORNOU-SE OBRIGATÓRIO NAS REDES PÚBLICAS E PRIVADAS DE TODO O TERRITÓRIO NACIONAL. MAS AINDA É PRECÁRIA E LACUNAR A SISTEMATIZAÇÃO DE SABERES INDÍGENAS
Do Povo Puri da Mantiqueira ...E se esses tempos nos sufocam, também as árvores perderam as folhas e mudaram a casca do tronco. Para voltarem mais resistentes Naquela outra estação. Tsatêh, não temos opção de fragilidade, Somos o grão que germina força. E se marcam nossa pele com cicatrizes as invasões, o genocídio e as constantes colonizações, Nossa alma decide transformar dor em energia. Que seja a fúria, mas nunca a apatia. Em meio aos furacões diários, Sabemos para onde olhar quando deles saímos. Firmes. Não tombamos para um ou outro lado. Escolhemos a direção e seguimos. E se somos Tempestade, também orquestramos a calmaria. dos raios, trovões e ventanias Lutando, sonhando coletivo, Vivendo! Sendo os animais que nos acolhem em força Cantando o som que a Mãe Terra grita. Não temos os medos que o capitalismo engendra: Morrendo somos encantados. Vivos somos Presente. Nos move a força dos ancestrais, E a floresta que em nós habita sempre. ...E se esses tempos nos sufocam, Também as árvores perdem as folhas e mudam a casca do tronco. E voltarão mais resistentes, Na próxima estação.