Sport Life

Vantagens do treino indoor

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“Quando você treina na esteira, você fica protegido das variações de condições climáticas, como chuva, tempo seco e poluição”, ressalta Barros. Ponto para a esteira, já que as chances de você jogar no tempo a culpa de não enfrentar o treino ficam praticamen­te reduzidas a zero. Outro ponto a favor da esteira: você pode correr em qualquer horário. “Treinar na esteira é mais prático, mais rápido e você não precisa de muito espaço para isso. Basta subir no equipament­o e está tudo resolvido”, salienta Paulo Henrique Santos, gestor da academia Body Planet e treinador da equipe Run4Fun (RJ).

E o mais importante: esteira reduz as chances de você se machucar, já que ela é equipada com um sistema que amortece o impacto, coisa que o asfalto obviamente não tem. “A única dor que você pode sentir é na canela, justamente por causa desse amortecedo­r”, completa Santos.

Todo cuidado é pouco

Mas nem tudo são maravilhas. Correr usando o equipament­o requer alguns cuidados. “Usar apenas a esteira pode trazer alguns prejuízos, todos contornáve­is. Um deles se refere à qualidade da passada. Uma das principais alterações que a esteira proporcion­a em relação à corrida de rua é na postura do corpo do corredor e, consequent­emente, na musculatur­a exigida”, explica Barros. Daí a importânci­a de variar o treinament­o. Mais: como o espaço para se mover é mais reduzido, você pode virar refém dos passos curtinhos. “Para que isso não ocorra, é preciso fazer algum treino na rua, pois, assim, o corredor aprende a se acostumar com os contratemp­os. Prefira correr no mesmo horário em que a sua prova ocorrerá, pois já vai se acostumand­o com o clima”, recomenda Santos. Usar o asfalto para correr de vez em quando também é importante para que a sua musculatur­a não sofra na hora da prova. “Ao treinar na rua, haverá uma exigência maior da musculatur­a posterior da coxa, responsá Intervalad­os

na esteira deixam o treino mais interessan­te

vel pela propulsão da passada. Na esteira, quem faz grande parte desse papel é o motor do aparelho. Outro ponto que dificulta um pouco mais esse trabalho é o fato de, na esteira, o chão estar sempre em movimento e o corredor atrás dele. Ou seja, o chão é o ponto móvel, ao contrário do que acontece na rua”, diz Barros. Além das sessões previstas na planilha, aposte também em exercícios educativos, como o skipping (corrida com o calcanhar alto, encostando no bumbum) e em exercícios de propriocep­ção. Outro cuidado é com o ritmo que vai imprimir aos treinos. O fato de apertar um botão e sair correndo pode facilitar o exagero. “A esteira normalment­e dita o ritmo da corrida. O que acontece muito é o atleta correr mais forte do que está preparado e, muitas vezes, fadigar antes do final da prova”, avalia Carllo. Outro ponto a que se deve ficar atento: na rua, o terreno é instável. Por isso, o corredor deve estar ligado a onde está pisando, a fim de evitar entorses, quedas e outros acidentes.

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