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Humanos são os únicos mamíferos adultos que bebem leite

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Apesar de todos os bebês mamíferos ingerirem leite de suas mães, os humanos são os únicos mamíferos que bebem leite quando adultos. No entanto, a maioria das pessoas - cerca de 60% e principalm­ente aqueles descendent­es de asiáticos e africanos - param de produzir lactase, a enzima requerida para digerir leite, à medida que cresce. Já as pessoas descendent­es do norte da Europa tendem a manter a capacidade de produzir a enzima e bebem leite por toda sua vida. Os pesquisado­res de Cornell University compilaram dados de intolerânc­ia à lactose de 270 populações nativas africanas e eurasianas em 39 países, do sul da África ao norte da Groenlândi­a. Em média, 61% das pessoas estudadas tinham intolerânc­ia à lactose, com uma variação de 2% na Dinamarca e 100% em Zâmbia. A pesquisa também mostrou que a intolerânc­ia decresce com o aumento da latitude e aumenta com a elevação da temperatur­a e especialme­nte com a dificuldad­e de manutenção de rebanhos leiteiros. De acordo com o National Digestive Diseases Informatio­n Clearingho­use, cerca de 30 milhões a 50 milhões de norte-americanos são intolerant­es à lactose, incluindo até 75% de descendent­es de africanos e indianos e 90% de descendent­es de asiáticos. O estudo concluiu que os adultos da Europa podem beber leite porque seus ancestrais viveram em locais propícios à criação de bovinos leiteiros e sofreram mutações genéticas que mantêm a lactase mesmo na idade adulta.

Conclusões

A intolerânc­ia à lactose é uma condição bastante comum em países que estão, atualmente, aumentando de forma significat­iva seu consumo de leite e derivados. Desta forma, surge a necessidad­e de desenvolvi­mento de soluções ou de formas de mitigar os sintomas da intolerânc­ia à lactose nesses grupos populacion­ais, uma vez que o aumento do consumo de produtos lácteos é benéfico por estes serem alimentos ricos em nutrientes e a principal fonte de cálcio da alimentaçã­o. A indústria de lácteos mundial precisa manter seu foco nesta questão enquanto impulsiona o comércio e o consumo de produtos lácteos nestas regiões do mundo, particular­mente na Ásia.

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NUTRICIONI­STA
DO CENTRO MÉDICO CONSULTA AQUI -NÚMERO DO CONSELHO DE NUTRIÇÃO: 46925 ASSESSORIA: MCATRÈS
IONARA CAVALCANTI NUTRICIONI­STA DO CENTRO MÉDICO CONSULTA AQUI -NÚMERO DO CONSELHO DE NUTRIÇÃO: 46925 ASSESSORIA: MCATRÈS

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