LIBRAS NA NISSEI
Integração: Gestos que têm literalmente o poder de mudar vidas
Auxiliar e deficiente auditivo, Alisson Teles da Silva desenvolveu mais seu potencial após colegas começarem a aprender Libras e rede de farmácias realizar oficinas para promover integração.
Quanto custa um sorriso ou a representatividade de uma pessoa? Para Alisson Teles da Silva, um gesto significa muito. Portador de deficiência auditiva, o jovem ingressou há sete meses como auxiliar de estoque na Nissei, uma rede de farmácias. Ali, encontrou pessoas que mudaram a rotina do trabalho para facilitar sua ambientação.
A partir da entrada do jovem e de mais uma colaboradora, a equipe de RH teve a ideia de promover uma oficina básica da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) aos colaboradores do administrativo e Centro de Distribuição. A iniciativa tem sido um sucesso: tornou o jovem muito mais participativo em reuniões do trabalho e na comunicação diária com os colegas.
“O Alisson é um menino retraído, mas muito esforçado”, elogia Francileia Gusso Kogin Ivanski, assistente de RH das Farmácias Nissei. “Para muita gente, esse nível de comunicação tem um significado normal na vida, da rotina do dia a dia. Mas, para quem é deficiente auditivo, um gesto de ‘bom dia’ muda vidas. Isso é representatividade”.
Cumprimentos, pedidos de licença, questões que envolvem acolhimento e respeito e indicações no trabalho são apenas alguns dos sinais aprendidos na oficina, que auxilia na comunicação do dia a dia na empresa com os deficientes auditivos. É jogar luz à realidade de 9 milhões de brasileiros que vivem nesta situação, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o correspondente a 5% da população. Pequenas atitudes representam muito. “É muito mais do que aceitar a diferença. Trata-se de tentar alterar o meio para promover a empatia pelo próximo”, frisa.