FUKUSHIMA: AMEAÇA NUCLEAR FOI MAIS GRAVE DO QUE PARECIA
A usina nuclear de Fukushima é atingida por um terremoto seguido de um tsunami, e a ameaça de explosão é iminente. Mesmo com risco de contaminação, engenheiros arriscam tudo para evitar um desastre de proporções incalculáveis.
10 anos atrás, em março de 2011, na região de Tōhoku no Japão, um terremoto causou um tsunami de proporções catastróficas. Na instalação Daiichi da usina nuclear de Fukushima, sob supervisão de Masao Yoshida (Ken Watanabe), 50 homens precisam decidir se devem arriscar suas vidas para tentar impedir um desastre ainda maior. Baseado em fatos assustadoramente reais.
Em 11 de março de 2011, um terremoto no Oceano Pacífico na costa japonesa, de magnitude 8,9 ‒ até então o 7º maior da história -, teve consequências desastrosas para o país.
Um tsunami, na região de Fukushima, decorrente do terremoto, gerou uma onda gigante que inundou o prédio onde estavam instaladas as usinas nucleares nipônicas. O tsunami provocou a quebra do gerador e deixou a usina às escuras. Os reatores nucleares começaram a superaquecer e aumentar a pressão, arriscando explodir.
“Fukushima ‒ Ameaça Nuclear” mostra o quão perigoso foi o desastre que, inclusive, quase destruiu Tokyo e metade do Japão. Seria a terceira catástrofe nuclear do país. Totalmente baseado em fatos reais, no livro da página anterior, o filme acompanha a trajetória, durante uma semana, de 50 trabalhadores que permaneceram em seus postos de trabalho, arriscando suas vidas, privados parcialmente de sono, água e comida, para tentar salvar aquela terra do que poderia ter sido uma catástrofe muito pior do que a bomba de Hiroshima.
O acidente nuclear de Fukushima Daiichi foi causado pelo derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina. A usina começou a liberar quantidades significativas de material radioativo em 12 de março, tornando-se o maior desastre nuclear desde o acidente de Chernobyl, em abril de 1986, e o segundo a chegar ao nível 7 (máximo) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. A área tornou-se contaminada pela presença do material radioativo liberado sobre ela e tal exposição fez com que o local fosse irradiado continuamente. Dois funcionários da Tokyo Electric Power Company (TEPCO) morreram de ferimentos causados pelo terremoto e outros seis receberam exposição à radiação acima do limite aceitável para o longo de uma vida.
Em setembro de 2018, uma morte por câncer resultou em um acordo financeiro para a família de um ex-operário da estação. Mais de 171 mil pessoas foram evacuadas e ainda não puderam voltar para suas casas. Estima-se que 1.600 mortes tenham ocorrido, principalmente entre idosos que viviam em casas de repouso também atingidas pelo tsunami.
Um programa contínuo de limpeza intensiva para descontaminar as áreas afetadas e desmantelar a usina levará de 30 a 40 anos. Uma barreira no solo, construída na tentativa de evitar uma maior contaminação das águas subterrâneas, diminuiu a quantidade de água contaminada coletada.