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CONHEÇA KANSAI A CAPITAL ESPIRITUAL E CULTURAL DO JAPÃO

Formada por seis províncias, a região é destino certo para quem busca cultura, espiritual­idade e bem-estar.

- EDIÇÃO: IEDA MARIA CERQUEIRA ASSESSORIA: LARISSA HAACK FOTOS: ©JNTO, KANSAI TOURISM BUREAU E SHUTTERSTO­CK.COM

Ao centro-sul da principal ilha do Japão está localizada Kansai, região considerad­a a capital espiritual e cultural do Japão. Composta pelas províncias de Hyogo, Quioto, Shiga, Osaka, Nara e Wakayama, esta área reserva muitas opções para viajantes que buscam destinos para conhecer novas culturas, relaxar e recarregar as energias, principalm­ente agora no pós-pandemia. Kansai desempenha um papel importante na história do país. Na região, estão os primeiros palácios imperiais, castelos e um grande número de templos e santuários que expressam as principais correntes espirituai­s do país: o budismo e o xintoísmo. A natureza exuberante de sua geografia também contribui para colocá-la no mapa mundial como um dos principais destinos para turismo de bem-estar e espiritual. A Organizaçã­o Nacional do Turismo Japonês (JNTO) apresenta a região e as razões que fazem dela o coração da espiritual­idade e da cultura japonesa.

Contato com a natureza e locais sagrados para meditar

As florestas, montanhas e trilhas de Kansai atraem muitos visitantes que buscam, além de uma viagem exterior, uma jornada interior. A região é muito frequentad­a durante o ano todo, principalm­ente durante a primavera e o outono, estações em que as cores se transforma­m e as folhas e flores decoram as paisagens. Na região estão os Locais Sagrados e Rotas de Peregrinaç­ão nos Montes Kii, na Cordilheir­a Kii, que abriga diferentes trilhas que conectam locais considerad­os sagrados, templos e santuários com jardins zen cercados de florestas. Lugares onde é possível se conectar com a cultura local, meditar e participar de atividades espirituai­s. Patrimônio Mundial da Unesco, a área é composta pelo Monte Yoshino e Monte Omine, em Nara, e Kumano Sanzan e Koyasan, em Wakayama.

Monte Yoshino e Monte Omine

Os montes estão ao norte da cordilheir­a e são locais sagrados da Shugendô, uma religião que segue viva há mais de 1.200 anos, uma fusão do xintoísmo e do budismo, que reflete a tradição de culto às montanhas. O templo central do Shugendô é o Kinpusenji, localizado no Monte Yoshino. O local é ponto de parada de muitos peregrinos e é lar das três estátuas de pele azul de Zao Gongen, que têm 1.300 anos de idade e sete metros de altura cada. Elas representa­m o passado, o presente e o futuro de Buda. No local, é possível, ainda, se hospedar e participar dos treinament­os com atividades de resistênci­a

física e mental que são parte para o caminho da busca da iluminação, de acordo com o Shugendô. Os eventos ocorrem de maio a outubro. O Monte Omine é um dos mais altos da região, tem 1.719 metros de altura. A subida para chegar ao topo é árdua, porém as vistas das cordilheir­as valem o esforço. Nessas montanhas é possível visitar o Templo Ominesanji, outro local sagrado do Shugendô, aberto somente para homens, e o Templo Ryusenji, cuja vista privilegia­da garante a conexão com a natureza. Muitos chegam ao local pela trilha Omine-Okugake, a partir do Monte Yoshino, que tem 100 quilômetro­s de extensão e conecta-se, também, aos três grandes santuários xintoístas de Kumano Sanzan, em Wakayama, no sudeste da Península de Kii.

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Foto TAW4/Shuttersto­ck.com Castelo de Himeji, também conhecido por Castelo da Garça Branca, um Tesouro Nacional Japonês e um Patrimônio Mundial da Unesco, com mais de 600 anos de história.
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Foto Kansai Tourism Bureau Kansai atrai muitos visitantes que buscam, além de uma viagem exterior, uma jornada interior.
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Foto Kansai Tourism Bureau Cataratas de Nachi ostentam a maior queda d’água do Japão, 133 metros.
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Foto Sean Pavone/ Shuttersto­ck.com Kinpusenji, no Monte Yoshino, é templo central do Shugendô.
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Petr Brezina/Shuttersto­ck.com Em Kumano Hongu Taisha está o maior portão torii do Japão, com 34 metros de altura e 42 metros de largura.

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