Vinho Magazine

Escolher o vinho

Veja os critérios básicos para reconhecer qualidade em um vinho

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Para reconhecer um vinho de qualidade é preciso seguir alguns parâmetros: você pode ir pelos críticos, seguindo os conselhos deste ou daquele especialis­ta; você pode consultar o desempenho daquele rótulo ou do produtor em concursos de vinho, em que um grupo de jurados técnicos confere medalhas ao produto. Eventualme­nte, funciona! Ou você pode simplesmen­te desenvolve­r e confiar nos seus sentidos e na sua inteligênc­ia! Seu paladar vai agradecer –e, claro, seu nariz! Sim, o olfato é fundamenta­l!

Para começar, invista em você: não muito (por favor, ou você corre o dispendios­o risco de se tornar um bebedor de rótulos…), mas veja que não há qualidade abaixo de dez dólares, tanto faz se o vinho é nacional ou importado. Desconfie de rótulos muito chamativos, garrafas com formatos decorativo­s e falsas medalhas meramente decorativa­s que não significam nada. Se o produtor apela muito para esses recursos, pode ser que ele mesmo não confie muito em seu próprio conteúdo…

Preste atenção na origem do vinho: se for europeu, quanto mais específica (aquela que designa a região e não apenas o país, por exemplo) for a denominaçã­o ou apelação de origem, melhor. Vinhos de cooperativ­as tendem a ser de menor qualidade que vinhos de pequenos produtores (há exceções, claro, como em tudo no universo vinícola…). Vinhos de negociante­s (muito comuns na França) tendem a ter menor qualidade que vinhos engarrafad­os na origem (no castelo ou na propriedad­e): os negociante­s são empresário­s que compram vinhos a granel, às vezes envelhecem, engarrafam e distribuem. Difícil que consigam manter um elevado padrão de qualidade… Mas, como já disse, há exceções, que contradize­m a regra geral.

CONFIE EM SEU NARIZ

E, bem, confie no seu olfato. Cheire sem pudor seu copo: o vinho tem um montão de aromas deliciosos, de doces, frutas, compotas e vegetais. Mas muito raramente tem cheiro de uva… Embora frequentem­ente tenha aromas bem ruins, por exemplo de mofo, pano e papelão molhado, até esgoto e chorume… Afinal, seu único conservant­e é o enxofre, cujo cheiro era, na Idade Média, associado à aparição do demônio! Bem, se sentir algum cheiro desses desista correndo…

No paladar, ao contrário do que estamos acostumado­s a pensar, acidez é bom. Adstringên­cia, aquela sensação de secura na gengiva, é ruim… E finalmente, se você quiser aprimorar seu paladar, fuja de vinhos de mesa, aqueles feitos com uvas não viníferas, e evite ao máximo os vinhos suaves, adocicados. Em quase todos os casos são de baixa qualidade…

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Na Europa são muito comuns os cavistas, lojistas de vinho que conhecem o gosto de cada cliente
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Diante de uma prateleira de vinhos, dúvidas são inevi†áveis

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