AS MADEIRAS E A CACHAÇA
Amburana
A Amburana é uma árvore brasileira da família das fabáceas, subfamília Faboideae, conhecida popularmente como cumaru-do-Ceará, cumaru-das-caatingas, imburana-de-cheiro, umburana e cerejeira. Entre as espécies mais conhecidas estão: acreana, nativa da Amazônia; Amburana cearensis, nativa da caatinga e da oresta pluvial, ocorre desde o Nordeste do Brasil até São Paulo, entrando pelo interior até Goiás e Mato Grosso. Além de seu valor medicinal e uso na produção de móveis, a amburana tem sido uma das preferidas para construção de tonéis para cachaça.
Canela-Sassafrás
A aromática Canela-Sassafrás, Ocotea odorífera da família Lauraceae é usada para construção de móveis e construções. Tem uma característica importante: sua densidade nunca se altera, mesmo em altas variações de temperatura. O óleo extraído da planta é usado na perfumaria e na fabricação de inseticidas. A árvore é parente da canela, do louro e da imbuia. Seu cultivo não é popular, pois o sassafrás cresce lentamente e só dá frutos de quando em quando.
Amendoim-bravo
É da família das Fabáceas, subfamília Caesalpinioideae. Sua madeira de cor palha avermelhada tem textura média. Além de usado na construção naval, o amendoim bravo ganhou fama entre os produtores de cachaça que vêm utilizando a madeira em tonéis para cachaça.
Garapa, Grapia, Garapeira ou Amarelinho
É do género Apuleia. Pode ser encontrada na Amazônia e zona costeira até a região Sul. A madeira da espécie Apuleia leiocarpa é apreciada na construção civil e para tonéis para o envelhecimento de cachaças.
Angelim-da-mata
É da família das Fabaceae Faboideae, conhecida como Angelim de morcego (seus frutos os atraem), Angelim amargoso, Angelim pedra, Angelim araroba, Angelim do campo etc. Usado na arborização urbana, é nativa da bacia do rio Amazonas. Sua madeira rija é usada para tonéis, mas também para dormentes, esteios, mourões, postes, caibros...
Jequitibá
Da família das Lecythidacea, o Jequitibá é árvore com troncos grandes, tanto em altura quanto em diâmetro. A palavra jequitibá é originária do termo tupi yekïti’bá, que signi ca “gigante da oresta”. Nativa da Mata Atlântica brasileira, existe apenas na região Sudeste e em Estados vizinhos. Está na lista das maiores árvores brasileiras, tal como os jatobás, sapucaias e angelins.
Jatobá
Da família das fabáceas, o jatobá-verdadeiro, jatobazeiro, jatobã ou apenas jatobá tem mais de 90 denominações registradas para a espécie. Os nomes populares “jatobá” e “jutaí” são usados para os frutos e para a madeira, indistintamente e para todas as espécies do gênero.
A madeira do jatobá é usada na construção de canoas pelos índios e na fabri
cação de tonéis. Pode ser encontrada desde o sul do México e Antilhas até grande parte da América do Sul. No Brasil é encontrada de norte a sudeste; na Amazônia, na Caatinga, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal.
Ipê
Ipê é a denominação de uma grande variedade de espécies de árvores do gênero Tabebuia e Handroanthus, da família Bignoniaceae. O nome ipê vem do tupi e signi ca casca dura. Utilizada pelos indígenas para fazer arcos, também é chamada pau d’arco. É encontrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. É famosa por suas ores roxas, amarelas, rosas e brancas e pela madeira, de alta densidade e dureza. Também é pesada e resistente.
Cabreúva
A Cabriúva ou Cabreúva, da família Fabaceae (Leguminosae Papilionoideae) é pesada e dura. Apresenta alta resistência ao apodrecimento. É empregada em mobiliário, revestimentos, produção de folhas laqueadas, peças torneadas e tonéis. Também é chamada Bálsamo de Tolu por seu uso medicinal como anti-in amatório e expectorante É conhecida ainda como bálsamo-caboriba; bálsamo-cabureíba; braúna e braúna-parda, na Bahia; caboré, no Paraná e no Estado de São Paulo; caboreíba, cabreutinga, cabriúva-amarela, cabureíba, jataúba e óleo-de-caboreíba.