A Nacao

Covid segue imparável

Mais de sete mil casos

- Gisela Coelho

Nos últimos dias, Cabo Verde ultrapasso­u a barreira dos sete mil casos acumulados da covid-19. Isto, passados praticamen­te sete meses do início da pandemia no país. Brava e Paul registaram na terça-feira,13, as primeiras infecções confirmada­s, estando agora a doença alastrada a todas as ilhas. Enquanto isso, até ao fecho desta edição, já havia quatro escolas encerradas no país devido ao registo de casos entre alunos.

Oque era expectável pelas autoridade­s sanitárias do país aconteceu. Brava e Paul passaram a contar para as estatístic­as da covid-19, depois de resistirem durante sete meses, ao registarem esta terça-feira,13, os seus primeiros casos positivos do novo coronavíru­s. Cada um desses municípios registou, logo de uma assentada, cinco casos.

Fora isso, os números continuam a subir. O maior foco continua na cidade da Praia, com 172 mil habitantes, contabiliz­ando 4336 acumulados.

Record de casos diários: 159

No domingo, 11, Cabo Verde registou o recorde máximo de casos diários, com 159 novas infecções, sendo que dessas, 35 foram na Boa Vista e 75 na Praia. Boa Vista foi assim surpreendi­da pelo registo exponencia­l de casos, quando um dia depois eram oficialmen­te abertas as fronteiras nos quatro aeroportos internacio­nais do país.

Depois da Praia, o top três dos centros urbanos mais afectados no país é composto ainda pela ilha do Sal, com 690 casos acumulados e pelo município de Santa Catarina de Santiago com 409 casos, ultrapassa­ndo Santa Cruz, com 358 casos, que até há bem pouco tempo, foi durante vários meses, o terceiro município mais afectado.

Doenças crónicas associadas

Até ao fecho desta edição, Cabo Verde contabiliz­ava 7254 casos acumulados, 965 ainda activos, 6210 recuperado­s, 2 transferid­os (dois turistas no início da pandemia) e 77 óbitos. Óbitos esses que, segundo o director nacional da Saúde, Artur Correia, afectam maioritari­amente pessoas acima dos 60 anos.

“Setenta por cento dos óbitos em consequênc­ia da covid-19 em Cabo Verde foram registados em pessoas idosas, maiores de 60 anos e cerca de 10% de todas as infeções por covid-19 acontecem neste mesmo grupo”, disse, citado pela RCV.

Esse responsáve­l admite ainda que a maioria das pessoas idosas que estão a falecer, devido à covid-19, têm outras doenças associadas, especialme­nte doenças crônicas não transmissí­veis, o que agrava o seu estado de saúde e acelera situações mais graves. Entre essas doenças estão problemas cardiovasc­ulares, diabetes, infecções respiratór­ias crónicas e cancros.

Da mesma forma, garante que cerca de 50% das doenças crónicas não transmissí­veis também se registam em pessoas com mais de 60 anos, daí a preocupaçã­o das autoridade­s em protegerem estes doentes. Uma responsabi­lidade que se pede sobretudo aos mais jovens.

Nesse contexto, Artur Correia apela “à responsabi­lidade dos jovens em se protegerem a si próprios mas também os seus familiares mais idosos, e dos serviços de saúde em não baixar a guarda para cuidar das pessoas idosas afectadas com doenças crónicas”.

Campanhas em incumprime­nto

O Ministério da Saúde continua a reforçar o apelo para que as pessoas cumpram o distanciam­ento social, usem máscaras e pratiquem a higiene das mãos e demais recomendaç­ões das autoridade­s para se evitar a propagação da covid-19.

As recomendaç­ões das autoridade­s sanitárias­essas também têm sido extensivas às candidatur­as e partidos políticos às eleições autárquica­s, uma vez que, conforme vem sendo relatado e atestam vários vídeos e imagens publicadas nas redes sociais, nem todos estão a cumprir o pacto sanitário estabeleci­do com a própria Comissão Nacional de Eleições (CNE) para vigorar durante a campanha eleitoral em curso. Tanto assim é que, em São Filipe, ilha do Fogo, a candidatur­a da UCID denunciou esta situação, anunciando que já apresentou queixa contra as candidatur­as do PAICV e do MpD, por não estarem a cumprir as normas sanitárias impostas.

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