Jovem santantonense faz e comercializa bolos para fugir ao desemprego
Delícia no Pote, este é o nome que Gildolina Fonseca deu a sua marca de bolos. Formada em Serviço Social no Brasil desde 2011 e mestre em Desenvolvimento Regional, Dó, como é conhecida, sempre esteve desempregada desde que regressou a Cabo Verde.
Natural da Ribeira da Torre, concelho da Ribeira Grande de Santo Antão, Dó Fonseca resolveu então pôr em prática um projecto próprio, como forma de fugir ao desemprego. É estagiária numa das instituições da Ribeira Grande e, nas horas vagas, faz bolos de pote e comercializa.
“É uma ideia que tenho desde quando era estudante no Brasil. Sempre dizia que quando voltasse para Cabo Verde, se eu não conseguisse emprego, colocaria em prática. Mas, fui deixando passar, até que se concretizou quando me tornei mãe”, conta ao A Nação.
Há dois meses que esta jovem leva à frente este negócio. Tem a sua página nas redes sociais, onde divulga e recebe pedidos dos clientes. A confeiteira aposta em algo personalizado, com nome, logomarca e define as suas próprias.
“Desde que comecei não mais parei de fazer bolos de potes. São feitos com muito amor e cuidado. Com menos massa, mais recheios e mais cobertura, ou seja, um produto cremoso, com sabor suave e menos doce”, garante.
Dó confessa que, no início, teve receios e medo de ter prejuízo, mas, por outro lado, sente-se confortável porque já tem o hábito de ajudar os seus pais no serviço de bar. Por isso, garante que já se sente com o espírito empreendedor.
“Optei por fazer encomendas em que a pessoa deixa mensagem na minha página de rede social, e ‘monto o bolo’ na hora. Tento sempre sair da minha zona do conforto. É uma oportunidade de organizar e desenvolver as minhas ideias e ser agente da minha própria história”, diz orgulhosa.
Dó Fonseca não descarta a ideia de, futuramente, ter um próprio espaço para uma produção em maior escala para expandir o negócio, mas, para já, vai inovando, criando novos sabores e atraindo mais clientes.
ACN