Orlando Dias de novo à espreita
As eleições para a presidência da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) acontecem em Dezembro deste ano, mas já se notam movimentações no sentido de se escolher um substituído de Jean-Claude Kassi Brou, da Costa do Marfim, cujo mandato termina em Janeiro de 2022.
Para já, Cabo Verde, tem de garantir que esta será a sua vez, tendo em conta que, nas anteriores eleições foi ultrapassado em termos de lista alfabética pela Costa do Marfim. Para o efeito deve desencadear um trabalho diplomático com menos amadorismo daquilo que fez na anterior eleição, quando apresentou o seu candidato oficial no dia da cimeira de Chefes de Estado e de Governo.
Contudo, o Governo, através do ministro-adjunto do primeiro-ministro e da Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, que participou na 57ª cimeira Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que decorreu em Niamey, no Níger, admite a possibilidade de Cabo Vede candidatar-se à presidência das instituições dessa organização sub-regional, este ano.
Mas quem já está convencido de que esta será a vez de Cabo Verde presidir a Comissão da CEDEAO, é o deputado e ex-vice-presidente do Parlamento dessa organização sub-regional, Orlando Dias. Recorda a situação do Benim que tinha sido ultrapassado e que mais tarde viria a recuperar o seu lugar.
“Considero que tenho todas as condições para ser o próximo presidente da Comissão da CEDEAO e Cabo Verde tem todas as condições para assumir esse cargo”, enfatiza.
Orlando Dias considera, no entanto, que a questão do não pagamento das quotas e da não transferência das receitas das taxas aduaneiras “não prejudicarão” a candidatura de Cabo Verde. “Está a ser negociado e já existe um plano de pagamento”.
Sobre a sua candidatura, Orlando Dias garante que está disponível e que tem “apoios fortes” ao nível da CEDEAO. Deixa, no entanto, um aviso no sentido de se preparar o processo da melhor forma possível.