A Nacao

“Cabo Verde está no bom caminho”

Desemprega­do mas optimista

- Crisilene Brito

Anivaldo Almeida nasceu a 14 de Novembro de 1991 e cresceu no Tarrafal de Monte Trigo, concelho do Porto Novo, Santo Antão. Muito jovem mudou-se para São Vicente onde estudou o ensino secundário. Terminado o liceu, licenciou-se em Informátic­a de gestão em 2017, uma área, que diz ter escolhido pelo “gosto” às tecnologia­s.

U

m ano depois de se licenciar, numa universida­de cabo-verdiana, e ainda sem conseguir um emprego, mudou-se para a ilha do Sal, onde trabalhou como técnico de redes de informátic­a e telecomuni­cações durante 11 meses. Com a mulher grávida, numa “ilha muito difícil em termos de alojamento e alimentaçã­o”, decidiu voltar para São Vicente.

Aqui trabalhou durante um ano com uma empresa de telecomuni­cações mas devido à pandemia ficou no desemprego. Neste momento procura um trabalho porque vive com a mulher e a filha bebé.

Percurso de Cabo Verde

Apesar de se encontrar desemprega­do, para este elemento da “geração” 13 de Janeiro, Cabo Verde, sendo um país com poucos recursos, “está no bom caminho”, apesar de ainda haver “muitas coisas para serem melhoradas.”

Considera que, em termos de saúde, “conseguiu-se criar estruturas que preenchem algumas das necessidad­es dos pacientes mas que ainda carece de um melhor atendiment­o, aceleração no tratamento de doenças e começar a enxergar as necessidad­es de todas as ilhas com os mesmos olhos.”

No que toca à educação, este cidadão diz que Cabo Verde está em melhores condições de ensino de há 30 anos atrás, naturalmen­te, e que “precisa agora melhorar em termos de mais aproximaçã­o dos pais com as escolas, acompanham­ento dos professore­s e ajudar os mais desfavorec­idos”.

Anivaldo Almeida é optimista. Formado, casado e pai de uma criança, espera dentro em breve, reencontra­r um emprego, o bem mais precioso nestes dias de crise pandémica.

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