Edifício moderno e sustentável
O edifício da nova sede do Banco Central de Cabo Verde, inaugurado na passada quinta-feira, 11, tem a assinatura do arquiteto português Álvaro Siza Vieira. Localizado no bairro de Achada de Santo António e orçado em cerca de 2,4 milhões de contos, é considerado pelos especialistas como um edifício arquitetónico de referência, uma vez que, pelas suas características, dimensão e complexidade, representa uma valorização e engrandecimento, não só do Banco de Cabo Verde, mas também da cidade da Praia e todo o país.
Oespaço edificado abrange uma área total de 10.782 metros quadrados distribuídos em espaços para albergar 200 colaboradores, um auditório com capacidade para 144 pessoas, e uma alameda pedonal com 50 plantas e um parque de estacionamento.
Estrutura
A estrutura desenvolve-se a partir de uma cave, onde estão instalados todos os serviços técnicos de apoio do BCV, seguindo-se o rés-de-chão, seis pisos de escritórios e um terraço.
O rés-do-chão dispõe de espaços públicos, nomeadamente o auditório, salas de reuniões, sala de formação, biblioteca, cantina e um museu.
O primeiro piso é destinado à administração, incluindo toda a equipa técnica; o segundo aos gestores, incluindo salas de reuniões.
Os restantes pisos (do terceiro ao sexto) albergam os demais colaboradores e são todos em regime de “open space”, excepto nas extremidades de cada lado dos pisos, onde encontram-se os gabinetes para coordenadores e outros serviços.
A circulação vertical de pessoas é feita através de duas escadas e três elevadores, agrupados em dois núcleos laterais. No exterior, um vasto espaço destina-se a áreas verdes e estacionamentos.
Instalações inteligentes
A nova sede conta ainda com sistemas previstos e especificidades técnicas muito elevadas e de grande segurança.
A nível da eletricidade existe um posto de transformação e geradores, em caso de falha de energia, e uma sala técnica de distribuição de energia elétrica e comando sinóptico para iluminação.
O edifício também conta com uma Gestão Técnica Centralizada (GTC) através de 26 computadores que fazem o controle de todas as instalações físicas, executadas nas várias especialidades, tais como a detecção automática de incêndio, detecção automática de intrusão, detecção de gás na cozinha e estacionamento, controlo de acessos, entre outras.
Hidráulica
Quanto à hidráulica, o edifício é constituído por um reservatório de abastecimento de água potável e dois reservatórios de incêndio e abastecimento de água imprópria para o consumo. Está previsto, ainda, o aproveitamento das águas das chuvas, através de um sistema de drenagem.
Climatização
A nível da climatização (aquecimento, ventilação e ar condicionado), todos os espaços com ocupação são providos de ventilação mecânica de extração de ar viciado e de insuflação de ar novo de acordo com os requisitos de cada local.
Cada sistema energético está preparado com interfaces para ligação à gestão técnica centralizada do edifício (GTC).
Data Center
Por último, o Data Center, que é considerada uma área crítica, tanto na garantia de continuidade e fiabilidade de serviço das instalações, como na segurança física do mesmo, nomeadamente na Sala dos Servidores, apresenta uma solução baseada no conceito “Infrastruxure da APC”.
No final da instalação do Data Center estão previstas ligações eléctricas que garantem o máximo de fiabilidade e continuidade do serviço, uma vez que todos os sistemas possuem redundância, quer de alimentação eléctrica, quer de telecomunicações e climatização.