Nota de redacção ao “direito de resposta” do TRG
Na edição anterior A NAÇÃO publicou o direito de resposta do TRG a refutar os dados por nós avançados na edição de edição 701, de 04 de Fevereiro, e que, obviamente, não caíram no agarrado dos responsáveis desse grupo.
Além de se apresentar como investidor idóneo e filantropo, através do advogado Luís Rodrigues, o
A pergunta é: o quadro acima é verdadeiro ou falso?
Ademais consta-nos que algumas unidades de alojamento vendidas, em vez de transferidas oficialmente aos donos, via registo notarial e respectivo pagamento do IUP à Câmara Municipal, foram hipotecadas aos bancos locais para garantir empréstimos.
2. E sobre o White Sands? Aqui, de um total de 588 unidades, num valor de 122 milhões de euros, foram encaixados 115 milhões. Contudo, a obra está parada e na construção e terreno terão sido gastos menos de 38 milhões. Os restantes 77 milhões são custos
TRG e Robert Jarret põem em causa a idoneidade do artigo e do jornal, ameaçando recorrer a outras vias para repor o seu nome.
Ora, no artigo reconhecemos o mérito inicial do TRG mas isso não o torna intocável, particularmente quando se descobrem sinais de deriva, com vários jornais no Reino Unido a mostrarem-se preocupados de gestão?
3. Robert Jarrett criou ou não a WPT em 2016? Qual é o papel do WPT na intermediação dos quartos junto dos Tours Operators?
4. A WPT assinou ou não acordos de ocupação de quartos com a TUI em 2016 e 2019, apresentando-se como dono dos hotéis? Tem registo de propriedade dos hotéis no seu nome?
5. Qual é a diferença entre os preços assinados entre o WPT e TUI e os preços pagos aos hotéis?
6. Como o IVA recai sobre aquilo que os hotéis declaram e não o com a situação. Os dados na posse do A NAÇÃO, todos devidamente documentados, mostram à saciedade que estamos diante de uma situação a merecer especiais cuidados.
Mas indo ao que interessa, diante do referido direito de resposta, importa saber o seguinte: que WPT cobra, não estaremos perante um descarado mecanismo de fuga ao fisco?
7. Este jornal não é Polícia nem tão-pouco Administração Fiscal. Diante do que já transpirou na imprensa britânica, e diante dos dados apresentados também pelo A NAÇÃO, muito boa gente pergunta: por que motivo as autoridades cabo-verdianas não intervieram ainda para esclarecer a situação, ilibando o TRG ou abrindo uma acção penal contra o TRG e o seu dono?
8. Quanto aos donativos e sponsors evocados pelo TRG, no seu direito de resposta, o que no
1. O TRG deveria informar à opinião pública quantas unidades dos resorts no Sal (Dunas e Llana) foram vendidas e quantas foram totalmente pagas, e por que razão a titularidade das propriedades não foi ainda transferida aos donos? Na nossa posse temos o seguinte quadro: mínimo se configura como um acto de mau gosto, e pese embora apreciarmos este tipo de publicidade social, a filantropia que o TRG se arvora está longe de constituir um favor aos pobres da ilha do Sal; as isenções aduaneiras e fiscais que a empresa tem recebido ultrapassam milhares de vezes o valor da bondade do TRG em Cabo Verde.
9. Para concluir, é mentira ou verdade que os trabalhadores do TRG já se manifestaram, na ilha do Sal, a exigir o pagamento dos seus salários nestes meses de covid-19? Quem lhes garante que podem dormir tranquilos, ainda por cima, neste tempo de pandemia?