Conhecer Mariana Ramos
Mariana Ramos nasceu no Senegal mas a sua ascendência é cabo-verdiana, sendo filha do Toy de Bibia, guitarrista do conjunto “Voz de Cabo Verde” e do Les Flammes, uma banda formada por cabo-verdianos e portugueses, que existiu em França nos anos 1970 – e dela fizeram parte, além de Toy de Bibia, Morgadinho e Mário Pop.
Aos três anos de idade, os pais regressaram a Cabo Verde, mais concretamente a São Vicente, e Mariana Ramos ficou com a sua avó materna, Bibia.
Aos oito anos juntou-se aos pais em França e mergulhou no mundo artístico do pai, cantando acompanhado do mesmo, as músicas de terra.
Na adolescência trocou a morna por Rock e aventurou-se também nas músicas francesas, brasileiras e jazz. Mais tarde, do convívio com Teófilo Chantre, Nando Cruz e outros, resolveu voltar às raízes.
“Quando fundei junto com mais nove mulheres a associação ‘CHEDA - Crianças de hoje e de amanhã’ para transmitir a nossa cultura a novas gerações, eu decidi cantar em crioulo”, lembra.
Mariana diz que o pilar dos seus 20 anos de carreira foi graças aos seus irmãos Elísio Lopes e Ilídio Ramos que conduziram o seu caminho até o nascimento do seu primeiro CD, “Di Dor Em Or”, em Abril de 2000.
Ao todo, já conta sete álbuns gravados, incluindo um de canções infantis. Em 2016, venceu o prémio de melhor morna na Gala dos Cabo Verde Music Awards (CVMA).
Além da música, Mariana Ramos aventurou-se também na dança moderna e africana e teatro.
Na sua memória ficaram também gravadas as dez canções de sua autoria com o pai. No mundo artístico diz ter uma grande admiração pela Tututa, Titina, Celina, Hermínia, grandes cantoras antigas, e também compositores como Ano Novo, Cacoi, Manuel d’ Novas e cantores como Ildo Lobo.