A Nacao

Viver apenas do futebol

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Kelvi Morais, 27 anos e natural da ilha da Boa Vista, há já alguns anos que vivia única e exclusivam­ente do futebol. Como Admar, também se viu no meio de um grande desafio, após a paragem das competiçõe­s.

“Com esta pandemia aprendi que em Cabo Verde não dá para se viver apenas do futebol”, começa por dizer o ex-guarda-redes do Boavista.

Entre avanços e recuos no processo de retoma das competiçõe­s, o destino colocou o Inter Cutelo (Santiago Norte) na rota de Kelvi.

“Esta oportunida­de de jogar no Inter Cutelo surgiu através do seu presidente que procurou-me e apresentou-me a proposta e os objectivos do clube. Também estão aqui alguns outros colegas meus da equipa em que estavamos no ano passado. Juntos acabámos por decidir vir para o Inter Cutelo” conta.

Apesar de ainda ser cedo para balanços, ambos atletas dizem-se confiantes de terem feito a melhor escolha nesta fase difícil das respectiva­s carreiras. A adaptação ao novo campeonato, colegas e equipa técnica tem sido bem positiva.

“De um modo geral, a adaptação está a ser tranquila, com os colegas e tudo. Já conhecia Jackinick e Kelton da nossa anterior equipa. O treinador é o primeiro que tive quando vim para Praia jogar no Desportivo, portanto já nos conhecemos bem”, diz Kelvi.

“Sinto-me como se estivesse na minha ilha. Fui recebido de braços abertos e não me falta nada e o pessoal é amigável. Como eu disse é como se estivesse em casa. Deixei a família na Praia. Não há intensão de virem viver aqui, mas podemos sempre matar as saudades nos finais de semana”, avança Admar, por seu turno.

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Kelvi Morais

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