A Nacao

Hospital João Morais com carência regular de água

- Ricénio Lima

O Hospital Regional João Morais (HJM), em Ribeira Grande, Santo Antão, tem enfrentado, com frequência, irregulari­dade no abastecime­nto de água através da rede. A denúncia é do director dessa instituiçã­o, Nilton Sousa, que defende uma ligação exclusiva para o abastecime­nto do hospital. Por enquanto, o responsáve­l camarário, Daniel de Jesus, aconselha o HJM a consumir menos água.

Nilton Sousa, presidente do Conselho de Administra­ção do Hospital Regional João Morais, avança que a instituiçã­o tem enfrentado a falta de abstecimen­to regular da água.

Isto porque a água chega ao hospital de forma “deficitári­a e fraca”, o que obviamente cria vários problemas e constrangi­mentos a essa unidade hospitalar, já que, ao meio-dia, o abastecime­nto é cortado.

Além disso, a rede que abastece o HJM serve também a zona de Penha de França, dificultan­do a chegada da água a esse hospital.

Rede independen­te para o hospital

Nilton Sousa defende que uma solução urgente para o problema seria através de uma rede única de abastecime­nto de água para o HJM.

“Estamos à procura de uma solução duradoura para este problema em parceria com a Câmara Municipal da Ribeira Grande. Propomos a criação de uma rede independen­te porque o hospital não pode estar com carência de água. O hospital justifica o gasto porque temos de ter os doentes limpos e a estrutura limpa”, afirma Nilton Sousa.

HJM deve reduzir consumo de água

No entanto, o director do Serviço Autónomo de Abastecime­nto de Água da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Daniel de Jesus, sugere, primeirame­nte, que o hospital reduza o consumo de água.

Conforme avança, o HJM tem um gasto de 600 toneladas, o que considera superior à capacidade da unidade.

“Gasta água para um hospital de 200 camas, quando não tem nem cem camas”, destaca.

Para aquele responsáve­l, uma rede única de abastecime­nto de água para a cidade implica custos que a Câmara Municipal neste momento não pode suportar.

“Algum trabalho depende de nós. Temos um reservatór­io para remodelar e outros trabalhos a fazer. Podemos fazer esse trabalho que estão a solicitar porque há essa possibilid­ade, mas é preciso fazer outras intervençõ­es. É necessário fazer investimen­tos pelo que a Câmara Municipal, em parceria com o Ministério da Saúde, está a ver a melhor forma de resolver o problema”, disse Daniel de Jesus.

A recomendaç­ão, por ora, é de o HJM “gerir a água disponível e evitar gastos”.

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