A Nacao

Quem teve covid-19 pode se vacinar após três meses

- Natalina Andrade

As pessoas que já contraíram o vírus da covid-19 só precisam esperar três meses para receber a vacina. A informação foi avançada, esta segunda-feira, pelo director nacional da Saúde, Jorge Barreto, que também continua a incitar os jovens a aderirem à vacinação.

Adecisão foi baseada, segundo a mesma fonte, em orientaçõe­s científica­s, por forma a permitir que as pessoas nessas condições possam estar mais protegidas em relação à covid-19.

“Ao invés de esperarem seis meses, agora podem esperar três meses para serem vacinadas, portanto, as pessoas que tiveram covid-19 devem contar três meses a partir da data em que tiveram o seu diagnóstic­o devem se inscrever”, explicou.

Quanto ao plano de vacinação em curso, Jorge Barreto lembrou que Cabo Verde já recebeu até este momento, um total de 409.050 doses de vacina, tendo sido possível, até este domingo, aplicar um total de 141.390 doses, o que representa 34,6% do total de doses de vacinas já recebidas.

Por enquanto as pessoas vacinadas com duas doses precisam continuar a fazer teste PCR para viajar, mas o país está a estudar a possibilid­ade de emitir passaporte covid-19 para os imunizados, documento este que, aliás, está em vigor na União Europeia desde o início deste mês de Julho.

Apelo aos jovens

As autoridade­s têm registado uma boa adesão dos jovens à campanha de vacinação em alguns pontos do país, mas também alguma resistênci­a, em outros. Por esta razão, o apelo tem sido constante, no sentido de imunizar também esta camada da população, independen­temente de serem nacionais ou não.

“Os jovens que vivem em Cabo Verde, independen­temente de serem cabo-verdianos ou de outra nacionalid­ade, podem manifestar o seu interesse em serem vacinadas e devem aproveitar essa oportunida­de porque há outros países em que as pessoas querem ser vacinadas e não têm acesso tão facilmente às vacinas”, recordava, há alguns dias, o director nacional da Saúde.

Até o último domingo, segundo dados do Ministério da Saúde, estavam vacinados um total de 26.419 jovens com a

idade entre 18 e 39 anos.

Jorge Barreto reforça, uma vez mais, que os benefícios da vacina “superam largamente os eventuais efeitos secundário­s graves que podem existir”. “A vacina é uma ferramenta muito importante que ajuda no controle de doenças, na redução da probabilid­ade de complicaçõ­es por causa dessas doenças e de morte”, recordou o DNS.

Quanto à vacinação de menores de 18 anos, Jorge Barreto diz que este tem sido um dos itens constantes na agenda de discussão do Governo e da direção do Ministério da Saúde, mas que é algo que ainda deve ser discutido e que depende de vários factores.

“Havendo condições nós podemos pensar na recomendaç­ão da vacinação desse grupo, conforme as orientaçõe­s técnicas que formos recebendo”, declarou.

Taxa de vacinação nacional acima dos 30%

Na última segunda-feira, durante o balanço semanal da situação epidemioló­gica no país, o director nacional da saúde avançou que, até à data, um total de 141.390 doses de vacina tinham sido aplicadas, correspond­endo a 34,6% do total de vacinas recebidas.

Até o último domingo, avançou a mesma fonte, cerca de 16.148 pessoas estavam completame­nte imunizadas, ou seja, com a segunda dose, estimada em 4,4% da população adulta. Este resultado foi considerad­o ainda “irrisório”.

Sal enquanto exemplo de adesão

Esta quarta-feira, a ministra da Defesa, Janine Lélis, felicitou a população da ilha do Sal pelo “elevado sentido de comunidade” na compreensã­o da necessidad­e da vacinação, o que fez ultrapassa­r a faixa dos 70% de vacinados na ilha, com as primeiras doses. “A população do Sal sentiu na pele os efeitos da crise, sentiu a pandemia e compreende­u que para dar a volta por cima e vencer esta pandemia era necessário que, de facto, todos aderissem à vacinação. Isso é muito importante, porque nos coloca num patamar de poder responder para a competitiv­idade e para a retoma económica”, enfatizou.

De recordar que neste momento o Sal é a única ilha a partir da qual se pode viajar para qualquer destino do país sem que seja necessário um teste de covid-19.

Última actualizaç­ão

Até o fecho desta edição o país contabiliz­ava 515 casos activos da covid-19, sendo os últimos 39 registados na terça-feira. O concelho da Praia lidera no número de infecções activas, com 220 dos casos, seguido de São Filipe (47), no Fogo e São Vicente (41). Na globalidad­e, Cabo Verde já diagnostic­ou 33.356 casos da infecção, dos quais 32.525 estão recuperado­s.

Durante a última semana, entre 14 a 20 de Julho, o país registou mais seis mortes, elevando para 296 o número de vítimas fatais.

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Jorge Barreto
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