Associação Comunitária na linha da frente ao combate a criminalidade
O presidente da Associação Comunitária da Achada Mato (ACAM), Eliseu Pires, afirma que a criminalidade e a violência juvenil estão a afectar tanto esse como outros bairros da capital.
“Eu digo que o problema são os próprios jovens, isto é, o que os leva a escolher o caminho da violência quando podem, com a mesma energia, seguir por uma outra via”, começa por dizer.
“A ACAM deu a todos os jovens da zona várias oportunidades. Eu próprio, como técnico de construção civil, sempre chamo os jovens para irem trabalhar, portanto, não é só falta de oportunidade”, revela.
“Para combater esses problemas a Associação tem estado a correr atrás, junto de parceiros, através de várias formações, mas são poucos os jovens que aderem. Muitos não ligam simplesmente e nós estamos cientes disso”, sublinha.
Eliseu Pires declara ainda que a criminalidade não está a diminuir, na Achada Mato nem em outros bairros, dado que o crime não é devidamente combatido pelo sistema judicial, e é que isso faz com que os criminosos não tenham mais medo ou respeito pelas autoridades.
“Mesmo que a presença da Polícia Nacional seja frequente, a criminalidade continua. As pessoas que estão no mundo do crime estão identificadas, o jovem que já entrou e saiu da cadeia quatro vezes ou mais, já não tem medo de nada, e o pior de tudo é que ele consegue colocar outros jovens no mesmo caminho”, expõe.
Defendendo os interesses da comunidade, o presidente da ACAM diz que, apesar de tudo, a prioridade da associação é lutar contra aa criminalidade e tornar Achada Mato de novo num bairro de paz, tranquilo e seguro, onde as pessoas não têm medo de ir e viver.
A Associação Comunitária de Achada Mato é constituída por 17 voluntários e surgiu em 2000 e já conta com 21 anos de existência.