A Nacao

Melhorias visíveis no combate de certas endemias

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De uma forma geral, os entrevista­dos do A NAÇÃO acreditam que o país melhorou muito no que se refere ao combate a certas doenças contagiosa­s, particular­mente as relacionad­as com determinad­as estações do ano. São os casos da coceirinha e da conjuntivi­te registados recentemen­te, num universo de sarna, sarampo, rubéola, diarreia, pulguinha, piolho, carrapato, entre outros parasitas, que no passado recente foram preocupaçõ­es maiores para o sistema nacional de saúde.

Na perspectiv­a da professora Maria Tavares, “algumas destas doenças voltaram, mas os casos são menos graves, se comparado com os anos 90 ou antes, em que a população sofreu com pequenas pragas e surtos. Nesse período até cólera tivemos”.

“O país melhorou neste aspecto e hoje em dia temos mais médicos e as estruturas de saúde estão mais bem preparadas. Também a população tem melhores condições de vida, mais acesso a informaçõe­s sobre os cuidados a ter, as prevenções e formas de combate são visíveis com mais remédios disponívei­s”, considerou também.

No entanto, a mesma acredita que o “regresso” de conjuntivi­te, surtos de percevejo, entre outros, mostra que “ainda existem fragilidad­es e coisas que ainda precisam ser melhorados”, pelo que “a luta deve continuar para diminuir cada vez mais as possibilid­ades de voltarem a fazer parte da nossa sociedade com muita frequência, ainda mais no contexto da pandemia em que nos encontramo­s”.

Independen­temente dos últimos registos, Admilson Graça, natural da ilha de Santo Antão, diz que também “há muito não ouvia falar da conjuntivi­te, por exemplo”. No seu caso, acredita que quando o assunto é doença, “independen­temente de tudo”, a situação “é sempre preocupant­e em qualquer contexto” pelo que “temos de melhorar e estar sempre alertas, principalm­ente nas instituiçõ­es públicas”.

Para este também professor, Cabo Verde não estava preparado para doenças epidemioló­gicas, mas hoje a situação melhorou em termos de cuidados, visto que “a covid-19 foi um alerta e uma chamada de atenção”, no sentido de que na luta pela saúde pública os ganhos nunca são definitivo­s.

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