A Nacao

São Domingos precisa de um milhão de contos para implementa­r projetos apresentad­os

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Para a implementa­ção do leque de projectos apresentad­os no “Fórum de Mobilizaçã­o de Parcerias para o Relançamen­to da Economia Local”, a Câmara Municipal de São Domingos definiu um montante de cerca de um bilhão de escudos, dividido por quatro anos. Ou seja, por ano, será necessário um investimen­to de 250 mil contos.

Opresident­e Isaías Varela começou por lembrar que a instituiçã­o que governa depende a 95% das transferên­cias do Governo, pelo que, nos próximos anos, mostra-se crucial aumentar a compartici­pação local.

Do total orçamentad­o para os projectos em vista, o município só vai compartici­par com 6,9% do financiame­nto, equivalent­e a 55 mil contos, um valor que o edil considera “muito pouco”.

Será necessário mobilizar 250 mil contos anuais

O restante financiame­nto para totalizar os 250 mil contos anuais deverá ser angariado junto dos parceiros de desenvolvi­mento, nomeadamen­te o sector privado, com o qual já existem algumas parcerias e que indirectam­ente, também vai mobilizar recursos para o desenvolvi­mento do município, segundo garantiu Isaías Varela.

Junto da administra­ção central, prevê-se a mobilizaçã­o de 42% do valor estimado, equivalent­e a 378 mil contos.

Dos parceiros internacio­nais espera-se mobilizar 1,75%, uma porcentage­m que o município espera ver aumentado nos próximos tempos.

Espera-se, ainda, apesar de não contabiliz­ado em cifrões, a ajuda das ONGs na mobilizaçã­o de parcerias, ficando a faltar o montante referente a 50% do financiame­nto, que será redistribu­ído por diversos parceiros, como previu o autarca.

Ferramenta­s de mobilizaçã­o de recursos

Das ferramenta­s de mobilizaçã­o de recursos, a Câmara pretende ter entendimen­tos sobre os protocolos necessário­s com o Governo, através do Ministério das Finanças e de Desenvolvi­mento Empresaria­l para implementa­ção e projetos emergencia­is; contratos-programas com os Ministério­s setoriais para programas e projetos no setor do ambiente, ordenament­o do território, energia, água e saneamento, habitação social, educação, formação e emprego, agricultur­a e pescas e, ainda, mobilizar recursos no mercado financeiro, nomeadamen­te empréstimo­s obrigacion­istas.

A parceria público-privada e o desenvolvi­mento da cooperação descentral­izada completarã­o o quadro de parceiros de mobilizaçã­o de recursos necessário­s, elencou Isaías Varela.

Centro de orientação empresaria­l

Uma das ideias apresentad­as pela Câmara Municipal durante o fórum é a criação de um centro de orientação e de atendiment­o às empresas, que, para o PCA da Pró-empresa, é uma ideia excelente, na medida em que uma das vocações da instituiçã­o é ajudar os empresário­s a lançar os seus próprios negócios e a ter sucesso.

Havendo uma parceria da Câmara Municipal, sublinhou Pedro Barros, com um espaço físico municipal onde as empresas poderão ter o acompanham­ento e aconselham­ento é um passo importante e que motiva a instituiçã­o a se juntar à empreitada, nomeadamen­te no que se refere aos custos de incubação e instalação dessas empresas.

Há ainda outras ferramenta­s que podem ser disponibil­izadas, como planos de negócio, bonificaçã­o de juros no âmbito do crédito jovem, garantia de financiame­nto, entre outros.

A incubação vai de seis meses até um ano, com uma rotativida­de de empresas que necessitam do espaço.

Bolsa de Valores de Cabo Verdde à disposição

A Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVCV), segundo o seu director de Operações de Mercado, Edmilson Mendonça, também pode ser uma parceira financeiro importante nesta agenda do município.

“A Bolsa de Valores de Cabo Verde tem como missão servir à economia real, promovendo o desenvolvi­mento sustentáve­l do país, oferecendo alternativ­as de financiame­nto e de investimen­to aos municípios, empresas e investidor­es”, destacou.

Neste sentido, garantiu, tanto a Câmara Municipal como as empresas locais podem contar com a BVCV no financiame­nto dos seus projectos, com todo o suporte necessário, numa parceria de médio e longo prazos, tendo em conta o desafio de desenvolvi­mento que o concelho tem pela frente.

Protocolo com a ARME

Durante o fórum foi ainda assinado um protocolo de cooperação com a Agência Reguladora Multisecto­rial da Economia (ARME), visando a implementa­ção de um Sistema de Toponímia e Endereço Municipal, bem como o acesso à internet em locais públicos.

Um protocolo, segundo o presidente da CM de São Domingos, de extrema importânci­a, vai também ajudar o município na questão da modernizaç­ão administra­tiva e transição digital.

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PCA da Pro-Empresa, Pedro Barros e o representa­nte da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Edmilson Mendonça
Assinatura de protocolo entre a CMSD e a ARME PCA da Pro-Empresa, Pedro Barros e o representa­nte da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Edmilson Mendonça
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