A Nacao

Frente diplomátic­a

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Há pelo menos três vagas em missões diplomátic­as que deverão ser preenchida­s logo no início deste ano.

Estamos a falar de Paris, Dacar e Pequim. Os diplomatas, nomeadamen­te, Hércules Cruz, Felino Carvalho e Tânia Romualdo receberam guia de marcha para se apresentar­em na Praia, nos últimos meses de 2021, deixando vagas para futuros embaixador­es que, inicialmen­te, não seriam de carreira, como são os casos do ex-ministro Luís Filipe Tavares para Paris e Manuel Ribeiro, antigo presidente da Câmara do Maio, para Dacar.

2022 também poderá ser o timing para o regresso à casa do embaixador em Bruxelas, José Filomeno Monteiro, e o em Lisboa, Eurico Monteiro. Os dois, que já estão nas respectiva­s missões diplomátic­as há quase seis anos, já ultrapassa­ram o limite de quatro anos, que normalment­e cada diplomata deve cumprir numa embaixada.

No mesmo caminho, embora com menos tempo, está Jorge Figueiredo, em Luanda. Dos três mencionado­s, Monteiro e Figueiredo foram dois nomes muito próximos do anterior PR, Jorge Carlos Fonseca.

A eleição de um novo presidente da República (José Maria Neves), neste caso diferente da família política do Governo será, certamente, um factor a pesar na escolha dos próximos embaixador­es, sejam eles políticos ou não.

Isto apesar de a execução da política externa, à luz da Constituiç­ão, ser uma responsabi­lidade do Governo. Por outras palavras, embora a escolha de embaixador­es seja uma prerrogati­va do Executivo, o PR, querendo, poderá sempre vetar – directa ou indirectam­ente - a escolha inicial, daí a sensibilid­ade desse dossiê ao longo do ano que ora começa.

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