Ómicron pode ser o fim da pandemia, dizem especialistas
Além-fronteiras, sobretudo em países onde a Ómicron chegou antes, especialistas estão considerando ser este o fim da pandemia, com o vírus a se tornar endémico, após infecção em massa das populações.
O virologista português Pedro Simas, entrevistado pela CNN Portugal, considerou que o surgimento da variante Ómicron (menos virulenta e mais transmissível) mostra que o SARS-CoV-2 está a seguir uma evolução semelhante a outros coronavírus e que acabará por se tornar endémico.
“Esta é a entrada inequívoca em endemia. Só se entra em endemia verdadeira quando num país a maior parte das pessoas já teve infecções e o vírus circula livremente. Isto é normal”, prognosticou.
O especialista, que também defende a eliminação do período de isolamento, pelo menos, em Portugal, acredita a nova variante “vai conquistar o mundo inteiro e fazer com que a Delta desapareça”, o que, no seu entender, é u aba notícia, uma vez que esta estirpe “é muito eficiente a transmitir-se e vai conferir uma imunidade às pessoas muito boa”, sobretudo contra as variantes anteriores, que tinham uma sintomatologia mais severa.
Outros especialistas acreditam no fim próximo da pandemia, como é o caso de Shahid Jamel, investigador sénior da Universidade de Oxford. No seu entender, o facto do vírus está a ir no sentido de uma maior transmissão e de uma doença menos grave é uma indicação de que se “está a tornar-se endémica”.
A mesma possibilidade foi defendida por Tess Lambe, uma das criadoras da vacina da AstraZeneca, que acredita que “a pandemia vai acabar e o vírus vai tornar-se endémico [relativo a doença frequente nos habitantes de uma região ou localidade].”