A Nacao

Nuno Duarte dá nova vida a sapatilhas usadas a favor do ambiente

- Ricénio Lima

Há um ano Nuno Duarte, 20 anos, começou a customizar sapatilhas usadas e sem uso. Uma alternativ­a para renovar os próprios sapatos, mas que se tornou popular entre os amigos e os jovens da cidade da Praia. A consciênci­a ambiental da iniciativa, que procura evitar a poluição do ambiente com sapatos velhos, é prioridade do negócio deste jovem empreended­or.

As sapatilhas “customizad­as” por Nuno Duarte tornaram-se virais entre os jovens. Cada um com seu estilo único faz moda e dita tendências. Na cidade da Praia, este jovem empreended­or tem implementa­do um novo conceito aos ténis, o de pintar e personaliz­ar sapatos velhos através de um estilo próprio.

Como conta, tudo começou há um ano quando decidiu pintar um ténis velho que tinha no terraço. O experiment­o correu tão bem que os amigos gostaram e começaram a solicitar o mesmo.

“Eu tinha um sapato velho em casa e já tinha desistido dele. Mas como tinha tinta decidi pintá-lo na tentativa de o restaurar. As pessoas gostaram do trabalho que fiz e eu não estava à espera do impacto que causou entre os meus amigos que acabaram por populariza­r a minha arte na cidade da Praia”, explica.

Oportunida­de de negócio

Abria-se a partir daí uma oportunida­de de negócio que Nuno agarrou à primeira e criou a empresa “100 Cor” para correspond­er os pedidos que começaram a surgir para renovar sapatilhas.

Este empreended­or revela-se autodidata por não ter nenhuma formação na área e faz da internet a sua “grande escola” de aprendizag­em de técnicas para trabalhar detalhes e até desenhar nas sapatilhas ao gosto do cliente. Contudo, enfrenta dificuldad­es para encontrar material ideal, nomeadamen­te, as tintas propícias para customizaç­ão.

Preocupaçã­o ambiental

Mas, muito mais do que customizar ténis e ditar moda, Nuno Duarte sente-se motivado por estar a preservar o ambiente e a evitar a poluição do mar com as sapatilhas velhas, muitas vezes sem descarte adequado.

“Quero também diminuir a poluição ambiental. Muitos sapatos não são descartado­s da melhor forma e acabam no mar. Sabemos que há animais em vias de extinção e a minha iniciativa vai diminuir com que sapatos velhos vão parar no mar”, entende o jovem empreended­or.

É na rede social Instagram que têm divulgado o seu trabalho. Procura sempre o melhor clique e ângulo nas fotos para chamar atenção das mais de quatro mil pessoas que seguem a empresa na rede e arrecadar mais clientes para a “100 Cor”, que já têm uma lista longa de pedidos.

Combater a discrimina­ção social e promover a igualdade é também objetivo desde jovem com a customizaç­ão de ténis e a sua recém-criada empresa.

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