A Nacao

Janeiro com alta mortalidad­e

- Natalina Andrade

O mês de Janeiro já contabiliz­ava, até o fecho desta edição, 27 óbitos por covid-19, o mais alto desde o inicio da pandemia em Cabo Verde. Na última semana, cujo balanço foi feito na segunda-feira, morreram 14 pessoas, cuja metade não estava vacinada e a outra metade, embora vacinada, tinha outros problemas de saúde. O ómicron está a revelar-se letal entre os cabo-verdianos, muito por causa daqueles que não foram vacinados.

De acordo com o director nacional da Saúde, na última semana, o país registou mais 14 óbitos, com exceção das mortes atribuídas a causas externas. Os óbitos ocorridos nesta última semana, segundo frisou Jorge Noel Barreto, foram de pessoas “bastante idosas”, com uma média de idade de 78 anos.

“Eram pessoas que tinham muitos outros problemas de saúde, o que acaba por agravar ainda mais a situação. Também, a metade não estava vacinada”, declarou.

O DNS voltou, por isso, a alertar as famílias a vacinarem os seus idosos, ou permitir que sejam imunizados, estando eles entre os grupos de maior risco.

Letalidade global em 0,7%

A taxa de letalidade global, indicou a mesma fonte, situa-se nos 0,7%. Por outro lado, a taxa de incidência acumulada está em 1975 por cada 100 mil habitantes e todos os concelhos continuam com taxa de incidência acumulada superior

a 150 por 100 mil habitantes.

Os números, segundo o DNS, parecem indicar alguma tendência descendent­e. “Nesta última semana, o número de casos foi diminuindo, apesar da taxa de positivida­de ainda estar bastante elevada. Estamos a constatar que há uma diminuição de casos. Oxalá que seja realmente a situação a entrar numa tendência decrescent­e, de melhoria”, precisou.

Contudo, vale referir que os critérios de testagem foram alterados no início do mês, quando o Ministério da Saúde definiu que os contactos próximos de pessoas que testaram positivas, desde que estejam assintomát­icos, não precisam fazer testes ou isolamento.

O número de pessoas que se recusam a vacinar está, igualmente, a contribuir para a propagação da covid-19. Desde o início da pandemia, em 2020, este tem sido o período de maior letalidade.

Dose de reforço passa a ser feito com a Pfizer

Outra informação divulgada no último balanço, pelo DNS, é que a dose de reforço passa, a partir de agora, a ser feita com a vacina da Pfizer.

Nos últimos dias, segundo indicou a mesma fonte, a procura desta dose tem sido “mais satisfatór­ia”, com mais 8.628 pessoas vacinadas na última semana. No total, já são 24.579 pessoas que receberam o reforço, correspond­ente a 6,6% da população adulta.

A campanha de vacinação dos adolescent­es, por seu turno, vai a bom ritmo. Na última semana, o Ministério da Saúde vacinou mais 5.086 adolescent­es com a primeira dose, chegando a um total de 36.938 imunizados nesta faixa etária, correspond­ente a 62,4%.

Nos adultos, a taxa de vacinação completa (com duas doses) está em 71,7%.

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Jorge Noel Barreto
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